Cada vez mais, envolvido com temas sociais, de paz, esperança e amor ao próximo, Kobra diz que o que mais importa agora é transmitir uma mensagem de transformação.
Ele continua em contato com meninas e meninos da periferia de São Paulo, onde nasceu, e afirma que o glamour da vida artística jamais o conquistou.
Para Kobra, a fé em Deus é mais do que um ensinamento é uma forma de vida, e foi justamente ela que o tirou de um “lugar difícil, de depressão profunda” após a morte da filha dele, Catarina, algumas horas após o nascimento.
Eduardo Kobra tem mais de 3 mil murais em pelo menos 30 países. É um artista respeitado e admirado em várias nações, culturas e idiomas.
O trabalho inicial com as tintas, sem materiais de proteção causaram uma doença crônica gerando insônia, intolerância alimentar e outros problemas de saúde. “Mas eu não me acovardo”, diz Kobra que segue pintando e levando a mensagem de que para vencer é preciso não desistir.
Acompanhe a conversa com Monica Grayley e Felipe de Carvalho, da ONU News.
ONU News: Kobra, no ano passado você criou um painel aqui, na entrada das Nações Unidas, sobre sustentabilidade.
Este painel ficou exposto para chefes de Estado e governo do mundo inteiro que estavam vindo para a Assembleia Geral. Como foi a concepção da obra e como você se sentiu transmitindo uma mensagem para tantos líderes mundiais?
Eduardo Kobra: É verdade. A gente teve uma proximidade aí com a data e o mural acabou sendo inaugurado neste período. Foi um dos trabalhos mais desafiadores da minha história, sem dúvida nenhuma. Realmente é muito complexa a questão das permissões. Quanto se trata de Nova Iorque já é muito complicado. Vale comentar que uma vez uma pessoa me disse, quando eu estava em Miami, e eu tinha um sonho de pintar em Nova Iorque por conta da história da street art porque tudo começou aqui. Eu tinha essa esperança, e falei: Meu, um dia, eu gostaria de ter um trabalho ali. E ele super me desanimou e falou: ‘cara, Nova Iorque é um dos lugares mais difíceis do mundo. Você nunca vai conseguir pintar lá. Lá é super burocrático, tem vários permissões do governo, da cidade, vários órgãos que precisam autorizar para que a pintura aconteça.’ E eu fiquei com aquilo na cabeça. E acabei vindo para Nova Iorque. Fiz um mural ali no high line, que nesse momento, ficou entre os 10 pontos mais fotografados, aqui de Nova Iorque, que é o lado do VJ Day. E depois, eu meu mudei para cá e realizei 18 murais aqui na cidade. Então, assim, foi um momento maravilhoso. Acabei, nesse momento, tendo um grande resultado em relação às pessoas que interagiam com todas essas obras que eu coloquei na cidade, mas foi tudo muito complexo. E estou falando isso porque mais complexo do que tudo isso, foi a permissão para pintar aqui neste muro da Biblioteca, aqui na fachada da ONU. Realmente, foi um processo muito difícil por conta da documentação. Eu precisei de muitos apoiadores externos para que a gente conseguisse viabilizar e fazer o trabalho acontecer. Então, esse é um dos pontos principais, porque são 193 países e eu criei uma arte. Além disso, fazer total sentido e conexões com as mensagens que eu já venho lidando e trazendo ao redor do mundo com meu trabalho. Então, poder ter o meu trabalho aqui, na fachada da ONU, fez todo o sentido para mim. É algo que eu realmente almejava. Eu queria muito ter esse contato com a ONU. Até pela história, até por tudo que tem aqui. A conexão com o Brasil, né? Oscar Niemeyer, Candido Portinari. Então, você imagina alguém que vem da periferia, como eu, autodidata, de repente, receber um convite desta magnitude? Então, eu comecei a fazer os estudos, as pesquisas e tudo mais para conseguir chegar nesse resultado da imagem que eu criei. Mas para chegar nesse resultado, eu criei 10, 15 diferentes estudos. Eu tive total liberdade criativa. Mas eu fiquei trocando com o time da ONU até afinar alguns detalhes e aí partimos para a execução.
ON: Vamos ver as imagens. Você pintou em quatro, cinco dias. E ali na rua?
EK: Exatamente. Trabalhando de manhã até à noite. A gente virou madrugada fazendo esse trabalho. Lembrando que estava bastante frio também nesse momento. Então, esse resultado aí, além do trabalho que eu já fiz anteriormente. Para você conseguir parar a máquina ali na calçada, é um tipo de permissão. Por exemplo, tem as bandeiras (da ONU) ali. Tínhamos que proteger todos os mastros. Havia uma série de detalhes no dia a dia. Uma equipe de segurança da ONU tinha que ficar ali nas madrugadas junto com a gente para que pudéssemos sair e entrar no prédio. Então, tinha toda uma questão de segurança, mas foi um trabalho muito complexo, mas com certeza, um dos mais importantes da minha história. Então, fiquei muito feliz e me marcou demais.
ON: Achei interessante deste trabalho é que você conseguiu representar visualmente essa ideia do cuidado com as futuras gerações. Foi mais ou menos isso que você estava pensando?
EK: Olha, é uma inspiração. O meu trabalho tem muito a questão da pesquisa. Como eu recebo convites para pintar em várias partes do mundo e como autodidata, eu tenho que me esforçar 10 vezes mais. Vou ter que estudar, pesquisar, visitar museus, bibliotecas, internet, pessoas que conhecem da história.
Mas no caso da ONU, foi uma inspiração mesmo. Eu imaginei essa cena. Como, nós, hoje, estamos tratando o planeta e vamos entregar para as próximas gerações. Então, primeiro, é realmente uma pessoa que serviu de modelo para mim. A menina também. Eu os posicionei para fazer os desenhos. É o pai entregando o planeta para a filha. Foi dentro desse conceito.
ON: E os seus temas têm muito a ver com as Nações Unidas. Temas sociais, temas de cuidado.
EK: Exatamente. Exatamente. Algumas pessoas me perguntam sobre isso. E isso surgiu por conta da minha própria história, sabe? Da minha trajetória, daquilo que ei vivi. Eu venho de um bairro carente. Do bairro do Campo Limpo. E, assim, cheguei a presenciar duas pessoas sendo mortas, literalmente, do meu lado. Muitas cenas de violência extrema, de crime, de racismo, muita intolerância e toda a dificuldade mesmo. Injustiça, a dificuldade ao acesso, a questão da educação mesmo, injustiça social. Então, eu presenciei muito isso e eu queria trazer essas mensagens através do meu trabalho, mas eu não tinha as ferramentas certas. O que eu quero dizer com isso?
Eu comecei a pintar por influência dos artistas aqui de Nova Iorque, os caras que pintavam os trens e tal. Isso em 1987, né? E eu me inspirava, eu copiava também esses artistas. Eu não tinha uma autonomia criativa, nem muito menos uma habilidade com o desenho, a ponto de fazer o que eu fiz aqui na fachada da ONU, no sentido de transformar uma ideia numa imagem, isso é complexo. Mas, ao longo do tempo, conhecendo outros muralistas até mesmo os muralistas mexicanos: Diego Rivera, Siqueiros; o brasileiro Portinari, os muralistas americanos, tem alguns incríveis aqui. Os europeus, que trabalham com aquele conceito: eu não vou saber pronunciar, mas é trompe l’œil (engana olho). Eles pintam aquelas laterais de prédio imitando a realidade. Então, a partir do momento que eu conheci esses artistas, eu vi que tinham outros caminhos para o meu trabalho. Aí, eu passei a desenvolver esses desenhos com anatomia, com perspectiva, com luz e sombra…
ON: E você dedica a algumas horas do dia para estudar? Ou é baseado no projeto. Você vai fazer um projeto e mergulha no estudo dessa missão?
EK: Eu sou uma pessoa que não tenho uma outra atividade que não seja criar e pintar. Tudo que eu faço na minha vida, o tempo todo, está ligado a isso. Então, estou o tempo inteiro, todas as oportunidades que tenho, estou buscando inspiração. E isso são 24 horas por dia. Tanto na arquitetura, nas histórias, no paisagismo, nas artes, na história, no contemporâneo, no antigo, no vintage. São muitas informações, mas obviamente, quando eu vou fazer algo num determinado tema, eu faço uma imersão naquela história porque aí, eu preciso conhecer mais e ter todos os argumentos possíveis.
Por exemplo, eu fui pintar um mural sobre os refugiados e sobre os imigrantes. Então, eu fui fazer uma pesquisa de campo, estive com eles, conversei com as famílias. Eu entendi tudo o que estava acontecendo, o porquê, as necessidades para criar os desenhos. Eu acho que isso é imprescindível.
ON: E onde foi esse mural, Kobra? Felipe vai fazer a próxima pergunta.
EK: Esse foi um mural que eu fiz e entreguei no ano passado. Ele está num país chamado San Marino, que é conectado à Itália, e aí eu recebi esse convite e para realizar esse trabalho, primeiro eu saí do Brasil e fui até lá para fazer uma pesquisa, para você ter uma ideia. E esse mural conta a história de San Marino. Para você ver, uma curiosidade desse mural, está vendo essa passarela aqui do lado? Eles construíram a passarela para as pessoas observarem o mural. Ele está no meio de umas montanhas assim. Só a passarela já foi uma coisa incrível. Essa questão que o meu trabalho proporciona, os lugares em que a arte me levou, os contatos, as oportunidades. E lá, é muito famoso pelo selo. Aqueles selos de colecionadores. E isso mura virou um selo também lá na cidade.
ON: E Kobra, aproveitando essa imersão que você está falando que faz por causa da obra. Você já fez mais de 3 mil obras em mais de 30 países. Teve algum país, alguma situação ou obra em particular que te marcou? Seja pelo contexto, seja pela reação das pessoas?
EK: Nos Estados Unidos, a gente calculou. São mais de 50 murais. E desses 30 (países) a muitos eu volto, algumas vezes. Eu não faço acepção. Eu acho que tudo, para mim, agrega valor ao meu trabalho, conhecimento etc. Eu já fui para lugares incríveis, pintei na Índia, em Mumbai, (no trem), pintei na África, duas vezes, dois painéis lá. Então, pude caminhar ali, pude entender mais da história. Eu acho isso, uma experiência assim, que a arte está me proporcionando, de vida.
Agora, a respeito de curiosidade, por exemplo, eu tenho um mural aqui em Nova Iorque, onde tenho Ghandi e Madre Teresa, frente a frente, em posição de oração. Eu coloquei o nome desse mural de Tolerância. Quem passa ali pela high line visualiza esse mural. O que as pessoas não sabem é que eu não criei esse mural para Nova Iorque, eu criei esse mural para a Índia. Mas, no final, eu não consegui as permissões para pintar esse mural lá e acabei pintando o mural aqui em Nova Iorque.
Agora, eu fui para o Japão e teve uma curiosidade lá. Eu pintei em Shibuya, que é aquela esquina mais movimentada do mundo, com milhões de pessoas, transeuntes e tal. Quando eu cheguei lá, tinha uma equipe de uns 30 japoneses e eles me disseram que era a minha equipe que trabalharia comigo. Eu achei aquilo surpreendente. E eu já tenho o meu time que são Agnaldo e Marcos. Sabe aqueles andaimes, aquelas plataformas para pintar prédio? Aquilo leva tempo para montar. E monta aquilo, eu trabalho, e depois desmonta no final de uma semana, 10 dias. Mas lá, aquela equipe era para montar e desmontar todos os dias esse equipamento porque eles tinham medo que caísse um parafuso, uma peça, uma lata de tinta, alguma coisa que acabasse atingindo alguma pessoa que estava caminhando ali na rua. Coisas deste tipo. E meu trabalho é bem assim. É frio, é calor, chuva, neve, todas as condições porque é na rua.
Então é diferente porque em cada país… Por exemplo, eu fiz um mural na Áustria sobre um artista que eu admiro muito que é o Gustav Klimt. E era uma data comemorativa do Gustav Klimt, e eu saí do Brasil para chegar e fazer esse trabalho num prédio lá.
E chegou lá não deram a permissão para parar a máquina na rua, calçada. E eu tive que deixar o trabalho inacabado. Então é um dos únicos murais que eu não consegui terminar do artista que eu mais admiro que é o Gustav Klimt. Impressionante. Estas coisas acontecem.
ON: E você tem uma questão com as tintas que te fazem mal e fazem mal a qualquer pessoa que trabalha nessa área. Mas depois do que aconteceu com Portinari, a gente se preocupa.
EK: É verdade. Até uma coincidência, estamos aqui na ONU, e tem a história do Portinari, do mural (Guerra e Paz) aqui. A parte mais difícil da minha vida é essa. Até os dias de hoje. Eu nunca me acovardei com a questão das dificuldades, dos desafios, da questão dos idiomas porque eu não falo inglês até hoje, já falei isso algumas vezes, pela minha própria história de vida. E porque eu pintei muito, intensamente, de uma forma rebelde, assim, não usava máscara, não usava nenhum tipo de proteção, eu adquiri um problema de intoxicação de metais pesados, gravíssimo. Eu fiquei muitos e muitos anos, muito doente. Eu adquiri uma depressão profunda durante anos, problemas de intolerância alimentar. Eu fiquei anos tomando muitos remédios. Cheguei a tomar 12 comprimidos de tarja preta, por dia, por conta disso. Na verdade, eu estava tranando as consequências e não a causa porque eu não sabia qual era a causa. Até realizar uma série de exames e descobrir isso, né?
E eu estou aqui hoje, se eu falar para você, duas noites sem dormir por conta deste problema de intoxicação. Mas a minha vida é desta forma, eu não posso me acovardar.
ON: Bom, Kobra, tem todo um lado social que você se preocupa bastante. Ajudar a encontrar crianças desaparecidas, pessoas que estão sem emprego. Durante a Covid-19, você desenvolveu uma série de ações. Poderia falar mais sobre isso?
EK: Como eu comentei, para minha pintura é secundário. Não é mais a parte principal. O principal é o significado, é a mensagem, é porque aquele trabalho está ali. Como, por exemplo, o mural que eu fiz agora na África. Fiquei quase um mês lá no Benin. É um mural que fala sobre coexistência, sobre tolerância entre as religiões.
Coloquei 12 pessoas que estão olhando para o céu, de costas, abraçadas, mostrando esse movimento.
O tema, a mensagem é uma coisa. A concretização disso é o resultado do que estou fazendo agora com meu Instituto. Então, eu venho realizando assim, várias ações.
Então, eu venho colocando a arte com um antídoto, uma vacina mesmo, né? Uma ferramenta de transformação assim como foi na minha vida.
ON: E você falou nisso e a gente vai mostrar o terceiro clip enquanto você responde ao Felipe.
EK: Exatamente. Esse mural, eu fiz durante a pandemia. No Hospital das Clínicas, lá na Cidade de São Paulo, e o nome desse painel é ciência e fé. Então, você que tem a mão do médico ali, numa posição de oração, com o estetoscópio ali mostrando que é possível as duas ações conviverem juntas, né?
ON: A fé é importante para você?
EK: Completamente. Completamente. Olha, até pela minha… Eu costumo falar para os meninos, para as meninas das comunidades. O Brasil é um país muito rico, artisticamente, mas com pouquíssimas oportunidades, né? E eu continuo vendo isso pelo mundo. Eu acho assim, a fé me tirou de um lugar muito difícil do qual eu estava. Até na pandemia, eu pintei um mural muito simbólico sobre isso chamado “A mão de Deus”, eu pintei num prédio, num momento muito difícil que eu estava passando, da morte da minha filha, as questões de saúde… Desculpa, perdão…
Então, a fé em Deus me resgatou desse lugar de depressão, de angústia, de dificuldade, é esse mural aí. Essa fé me sustenta, com certeza, eu não estaria aqui, e não conseguiria sentir em frente com tantos desafios. E eu gosto sempre de passar essas mensagens de esperança, de perseverança, de fé, de amor ao próximo, de tolerância, de respeito, de coexistência, de união dos povos, através das minhas obras.
ON: Olha, que coisa bonita. Que inspiração. A fé em Deus, a mão de Deus, você colocar isso na sua arte e não ser só uma pintura e ser uma realidade na sua vida. Que coisa bonita, Kobra, muito obrigada por você compartilhar isso conosco. É o amor. Felipe,
ON: Bom, difícil falar depois disso. Muito obrigada por compartilhar algo tão pessoal, a sua experiência e o que está por trás de cada obra. Muito interessante ter essa dimensão. Considerando todo esse poder de transformação que a arte traz e você pode transmitir tanto sentimento através da arte. O que você teria a dizer sobre cidades que ainda reprimem a arte na rua?
EK: É difícil de entender por que a história da humanidade vem conectada à arte, de uma forma geral. Os grandes pintores, Michelangelo, aquilo é mural, é um afresco. E de repente com o surgimento da street art, a gente viu, eu presenciei isso. As pessoas sem entender o que aquilo significava, por que alguém queria pintar na rua, enfim. E aí, todo o desrespeito com os artistas. Enfim, passei por isso, sofri bastante com isso, superei, continuei, não deixei isso como obstáculo. Mas eu acho que é uma forma de preconceito. A sociedade, de uma forma geral, se acostumou a imaginar que para a arte, era necessário a formação em determinadas universidades, ou que alguém muito específico desse um carimbo de autenticidade. Só assim aquilo é arte. Uma coisa bem elitista, vamos dizer assim.
Mas, eu percebi que a arte é algo que vem de dentro para fora. Certo?
Você pode ter nascido numa comunidade, numa favela, no ligar mais simples do mundo e ser um artista ali autodidata. Como a gente vê no Brasil, como a gente vê pelo mundo. Tantos artistas importantes. Então é um tipo de preconceito que, hoje, não se justifica. Eu acho que esse muro, essa barreira, essa fronteira não existem mais. E quanto mais arte a gente está vendo hoje uma explosão de arte pública seja com instalações, intervenções, pinturas, esculturas, murais, grafite.
Enfim, tudo isso é arte. E é algo importante para as cidades porque as cidades estão aí. As pessoas estão estressadas, nervosas, trânsito caótico, violência exagerada. E muitas vezes ali, uma pessoa que tem… Como ontem, aqui, e as últimas exposições que eu venho realizando também. Eu também faço telas, poucas pessoas sabem disso, que são originais e eu acabo levando para galerias. Isso também tem outro tipo de conexão.
Muito gratificante também para mim, e muito inspirador, e é algo que eu não esperava é a conexão. Pessoas que se conectaram com minha obra. Pessoas que nunca entraram numa galeria de arte. Mas ela está lá. A street art está lá. Essas pessoas estão indo, talvez, pela primeira vez para visitar uma galeria, uma exposição, um museu para ver uma obra que eu coloquei lá. Que foi o que aconteceu com meu pai. Meu pai entrou, pela primeira numa galeria de arte, para visitar uma obra que eu estava expondo para você ter uma ideia…
ON: Ele e muita gente. Kobra, muito obrigada por vir aqui no estúdio. A gente gostaria de conversar por muito mais tempo, mas vai ter uma segunda edição porque o Kobra vai voltar aqui a Nova Iorque.
EK: Show de bola.
Obrigada, Felipe. Obrigada, Kobra.
FIM
Fonte: Organização das Nações Unidas