O Paraná agora tem 10 mil policiais militares capacitados para combate à violência contra a mulher

combate à violência contra a mulher

Vice governador paticipa da formatura do curso de prevenção a violencia domestica e familiar da policia militar do paraná.Fotos: Ari Dias/AEN

Cerca de 10 mil policiais militares do Paraná pareticiparam do Curso de Prevenção à Violência Doméstica e Familiar, realizado de 27 de março a 21 de julho, com uma carga horária total de 25 horas, com módulos a distância e presenciais. Com a conclusão da capacitação, o Estado conta com policiais habilitados para atuar mp combate à violência contra a mulher em todos os batalhões da Polícia Militar do Paraná (PMPR), além de reforçar as unidades que atuam especificamente na Patrulha Maria da Penha.

 

O governador em exercício Darci Piana participou de uma cerimônia simbólica com a entrega dos certificados a 100 agentes de segurança que representaram a corporação em um evento na Academia Policial Militar do Guatupê, em São José dos Pinhais. Na mesma oportunidade, também foram entregues oito novas viaturas para uso exclusivo das unidades Patrulhas Maria da Penha.

 

A cerimônia foi realizada sexta-feira, 21, para fazer parte das atividades do Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, promovidas pela Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), que incluíram a Caminhada de Combate ao Feminicídio, realizada sábado em mais de 70 cidades.

 

Piana garantiu que o Governo do Estado continuará buscando alternativas para inibir a violência contra a mulher em diferentes frentes. “Com o treinamento e novos equipamentos, a Polícia Militar do Paraná, que é uma das melhores do Brasil, poderá atuar de forma mais efetiva na defesa das mulheres vítimas de violência doméstica”, afirmou.

 

“Além de atuar diretamente na proteção delas, o Estado, em parceria com a iniciativa privada, vai buscar condições de amparo para que as mulheres consigam alternativas para sair desse ciclo e conquistar a sua autonomia”, acrescentou Piana.

 

 

O treinamento foi focado tanto no atendimento especializado de emergência feitos a partir dos chamados via central 190, denominada primeira intervenção, quanto no monitoramento das vítimas e dos agressores após o registro dos boletins de ocorrência, chamada de segunda intervenção. Neste segundo caso, os policiais realizam visitas domiciliares às mulheres, garantindo a elas maior sensação de segurança e inibindo possíveis reincidências dos agressores, que em muitos casos continuam a morar juntos.

 

De acordo com a capitã Carolina Pauleto Ferraz Zancan, que faz parte da Câmara Técnica da Patrulha Maria da Penha e trabalhou na coordenação do curso, ele foi estruturado com disciplinas sobre conhecimentos essenciais para atuação neste tipo de situação. “São matérias sobre a Lei Maria da Penha, comunicação construtiva, aspectos psicológicos, ciclos de violência, medidas protetivas de urgência e violência de gênero, entre outras necessárias para que os policiais possam prestar um atendimento mais qualificado e humanizado às vítimas”, explicou.

 

O treinamento foi dividido em duas etapas. A primeira englobou praticamente todo o efetivo das unidades operacionais com responsabilidade territorial, os chamados batalhões de área. “Na segunda etapa o objetivo é passar as orientações também para as unidades especializadas, como os batalhões policiais de Choque, o de Rondas Oestensivas e o de Operações Policiais Especiais, para que todos os profissionais saibam o básico do atendimento repressivo e preventivo às vítimas de violência doméstica, prestando o atendimento adequado nos 399 municípios paranaenses”, complementou Carolina.

Sair da versão mobile