O desbravador Aniceto Gomes da Silva, que estava presente quando começou a ser implantado o núcleo urbano hoje conhecido como Maringá Velho, em 1942, e a lavadeira Lurdes Augusta Gomes, símbolo das mulheres que batalham por melhoria por suas famílias, agora são nomes de ciclovias em Maringá.
Aniceto, que morreu em 2016 com 94 anos, nomina a ciclovia da Avenida Brasil em toda sua extensão, numa homenagem prestada pela Câmara Municipal, que aprovou projeto de lei de autoria do vereador Cristian Marcos Maia da Silva, o Maninho (PDT).

Ele veio para Maringá quando tinha 19 anos e ao chegar a única construção que existia era uma pensão da Companhia Melhoramentos onde foi criado o Maringá Velho. A pensão dirigida pelo histórico Zé Maringá seria inaugurada dois dias depois e Aniceto foi o garçon, padeiro, ajudante de cozinheiro, um faz-tudo.
Ainda nos primeiros dias do núcleo urbano, Aniceto Gomes foi dono da primeira padaria e quando a Melhoramentos criou o Maringá Novo ele comprou um terreno e construiu um dos primeiros hotéis da cidade, o Hotel Lincoln, na Rua Basílio Saltchuk.
Um caso de amor ao esporte
Já Lurdes Augusta Gomes foi um símbolo na Vila Operária, onde morou mais de 60 anos, deu à luz e criou sete filhos, todos homens e todos desportistas.
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Seus filhos tiveram grande ligação com o Grêmio de Esportes Maringá, nas décadas de 1970 e 1980 e ela própria era torcedora do time e lavadeira de roupas de vários atletas, entre eles o artilheiro Itamar.
O nome de dona Lurdes agora está eternizado na ciclovia que a prefeitura acaba de construir no canteiro central da Avenida Riachuelo. O projeto que presta a homenagem à pioneira é de autoria da vereadora Ana Lúcia Rodrigues (PDT).
Maringá é uma das cidades brasileiras com mais ciclovias. Já são mais de 40 quilômetros interligando todas as regiões da cidade e a prefeitura quer construir novas pistas em outras áreas.