A arte de tatuar o corpo e expor sentimentos

Tatuadores contam que mais pessoas têm optado por desenhos em locais mais constantemente expostos, como mãos, antebraço, pescoço e até o rosto

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A busca por tatuagem tem se tornado comum na sociedade. Coloridas, pretas, grandes, pequenas, as tatuagens têm sido consideradas muito mais que apenas desenhos são consideradas arte e o corpo a vitrine. De acordo com o tatuador Eduardo Favaro, explica que a paixão pela profissão surgiu desde e criança e que hoje a tatuagem é mais vista, mais aceita, ou seja, sendo considerada a mais pura e sincera arte no corpo.

“A paixão surgiu desde pequeno quando tinha oito anos, comecei a desenhar e isso foi evoluindo e comecei a pensar mais nessa profissão. Percebi como amava tatuagens. Antigamente existia um certo preconceito com esse assunto, mas hoje vemos que o tabu tem diminuído e muitos procurado como arte” conta.

Na maioria das vezes, as pessoas passam pelo estúdio de tatuagem sem saberem o que querem gravar na pele. Em alguns casos, o próprio tatuador dá algumas dicas, mas este não foi o caso do professor de inglês Junior Barreto, que conta que para fazer a primeira, já tinha algo em mente.

VITRINE. O tatuador Eduardo Favaro iniciando um de muitos trabalhos. FOTO-ARQUIVO PESSOAL

“Eu fiz minha primeira tatuagem em 2018, hoje tenho quatro e já estou pensando na quinta. Para mim, pessoalmente falando, as tatuagens são coisas que envolvem sentimentos. A minha primeira eu pedi para tatuarem a frase ”love above all else” (amor acima de tudo ) que foi a lição que eu tive após ter tido câncer, amar as coisas, por mais simples que sejam, logo essa frase tornou-se para mim filosofia de vida”,diz.

Para a atendente de cartório, Barbara Oliveira, fez a primeira aos 16 anos. Na época escolheu um desenho que simbolizasse a tranquilidade. “Sempre achei linda tatuagem, não importava o desenho, era bem menininha na época que fiz, então resolvi fazer uma borboletinha, mesmo sem gostar de borboletas, só por ter mesmo, sem ter algum significado para mim. Hoje tenho seis tatuagens, e digo que vicia, não vejo a hora de fazer mais”, diz

Para iniciar uma tatuagem, o primeiro passo do tatuador, é mudar a arte, depois transferir para a pele, caso não dê certo, basta fazer novamente, afinal nesta etapa o desenho pode ser apagado com facilidade.

Segundo Eduardo, a paixão pelo trabalho cresceu muito com o passar do tempo. Com 11 tatuagens espalhadas pelo corpo, ela ressalta que algumas pessoas no começo disseram para desistir, pois não teria futuro. “Muitos falavam que não era profissão, para eu fazer uma faculdade, mas preferi não ouvir e me aperfeiçoar fazendo cursos e workshops”, diz.

Barreto ainda comenta que apesar de várias pessoas sofrerem algum tipo de preconceito, ele nunca sofreu no trabalho.“Preconceito social eu nunca sofri, apenas religioso. No meu trabalho, na sociedade como um todo, as pessoas nunca me criticaram por ter tatuagens, apenas na igreja mesmo”, diz.

Algumas tatuagens servem para expressar carinho para alguém especial, para Barreto não foi diferente.“Eu tenho na costela, escrito ”dad, we’re gonna meet in eternity” (pai nos encontraremos na eternidade) que foi uma homenagem que eu e meus irmãos fizemos ao nosso pai, que faleceu”, afirma.

Como uma expressão da personalidade e do sentimento das pessoas, as tatuagens vem conquistando a muitos.

“É possível afirmar que vicia, pois no momento que chegam no estúdio para a primeira tatuagem, o desenho já está no pensamento, a pessoa pode até pensar em desistir por causa de dor, mas no final quando vê o resultado, acabam gostando e isso cria outras ideias para a pessoa implementar a arte no corpo”, conta o tatuador Eduardo Favaro.

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