Jornalista de Maringá publica documentário mostrando a vida dos indígenas que buscam o Ensino Superior

Segundo a Associação Indigenista de Maringá, muitos vem para cidade estudar ou para viver de artesanato. Os que vão para a universidade, muitas vezes voltam para as aldeias, para poder ajudar

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Quando se trata de uma conclusão de uma graduação, mestrado, é preciso pensar no trabalho de conclusão e pesquisar o assunto que quer ser abordado. Foi pensando nisso que a jornalista Juliana Nicolini,25 fez. Terminando um mestrado em jornalismo pela Bournemouth University, elaborou um site com documentário mostrando a realidade da cultura e educação nas aldeias indígenas do Paraná, intitulado “Educated Native and yet Traditional”

“Eu sempre dirigi ao redor da cidade e sempre vi muitos índios nas ruas, mas nunca soube de onde vinham e isso sempre me despertou uma certa curiosidade do porque estavam ali, até que um dia de conversas em casa, minha irmã comentou sobre eu elaborar um projeto contando a vida dos indígenas do Paraná, foi dai que surgiu o tema”, diz.

EDUCAÇÃO. Os que vão para a universidade, muitas vezes voltam para as aldeias, para poder ajudar. FOTO-ASSOCIAÇÃO UNIVERSIDADE INDÍGENAS DA UEM

Para poder produzir o documentário, Nicolini conta que precisou entrar a fundo nesse assunto, mas seguiu uma linha diferente do que achou em pesquisas, foi atras da busca pelo ensino superior que muitos procuram. “Ao iniciar o projeto, percebi que aqui em Maringá não existe aldeia, existe a Assindi [Associação Indigenista de Maringá] que refere-se às ações necessárias para que esse público possa ter acesso aos direitos sociais e desenvolver sua autonomia e protagonismo, desde o período de adaptação na vida urbana e acadêmica até o término da graduação”, conta.

Segundo a Associação Indigenista de Maringá, muitos vem para cidade estudar ou para viver de artesanato. Os que vão para a universidade, muitas vezes voltam para as aldeias, para poder ajudar. Diante desse contexto, a entidade oferece apoio e moradia aos estudantes durante o período de graduação, assim como aos seus familiares, conforme a disponibilidade de vagas nas cinco residências destinadas a esse público alvo.

No Paraná, existem aproximadamente 17 aldeias de indígenas, sendo elas das tribos Kaingang, Xetás e Guaranis, segundo a entidade, por conta da pandemia, (Covid-19), eles estão isolados sem receber visitas por estarem no grupo de risco.

Juliana ainda ressalta que foi difícil finalizar o projeto, por ser um assunto muito extenso, precisava de muito foco e cuidado, para quem fosse assistir pudesse compreender. “Minha ideia era contar uma historia interativa, por ser hospedo em um site, gostaria que o telespectador pudesse escolher o que assistir, mas mesmo assim entender toda a história, independente de onde clicasse. Fiz vários esquemas e fui deixando levar, tive que editar vídeo por vídeo, mas valeu muito a pena”, relata.

Para assistir o projeto, basta acessar o link, em seu computador para poder conhecer na íntegra e vivenciar esses relatos.

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