Em “Affectus”, Vanderlei Júnior propõe questionamentos sobre o afeto e as relações homoafetivas

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Em "Affectus", Vanderlei Júnior conta com a música do compositor Eduardo Carvalho Foto: Renato Domingos

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Questionamentos a respeito do afeto, sobretudo na comunidade LGBTQIA+, inspiraram a criação de um espetáculo teatral que estreou sábado, 18, e segue em cartaz até a próxima segunda-feira, 27, no Teatro Barracão, em Maringá. “Affectus” é um solo de Vanderlei Junior, que está em cena e também assina a iluminação, dramaturgia e produção. Com ele, o músico e compositor Eduardo Carvalho, responsável por acrescentar sonoridades por meio de uma estrutura de espacialização do som e músicas autorais.

“Affectus” é uma peça produzida por meio do Prêmio Aniceto Matti de incentivo à cultura e pode ser assistida gratuitamente.

O principal objetivo é levar pra cena uma outra perspectiva das relações homoafetivas, que se afasta de uma visão estereotipada e vazia sobre a comunidade LGBTQIA+ e suas relações afetivas. De forma intimista e interativa, o espetáculo passeia por temas como o primeiro amor, as relações líquidas, o desejo, a expectativa, a frustração e as despedidas.

“A temática de ‘Affectus’ surge a partir das minhas próprias reflexões sobre as minhas experiências. Quem é o sujeito do afeto? Essa pergunta reverberou muito no processo. A peça surge desse anseio de perceber que essas questões que inicialmente eram minhas, não são só minhas. Atravessam todo mundo, são questões em comum sobre assuntos que a gente não fala”, explica Vanderlei.Ele convidou artistas locais e de outras cidades para colaborarem com a escrita de uma dramaturgia autoral. A estes profissionais deu o nome de “provocadores”, abrindo mão de ter a figura de um diretor ou diretora. São eles: o ator e diretor maringaense Victor Lovato; a atriz e professora Thais Putti, de Florianópolis/SC; a atriz e produtora Edilene Rodrigues, de Primavera do Leste/MT e a atriz e professora Laís Jacques Marques, de Gravataí/RS. Todos conduziram oficinas e laboratórios que estimulassem o artista a produzir material para a dramaturgia de “Affectus”. Além disso, histórias e relatos de pessoas homoafetivas foramcoletados por meio de uma pesquisa. Todo esse material deu vida à novas narrativas: as cenas do espetáculo.

Comportando apenas 50 pessoas por apresentação, os espectadores são convidados a interagir com o ator em cena e aproveitar o contexto da peça, que se trata de uma festa, tipo balada. O personagem Eros – um ator medíocre e cantor meia boca – recebe o público para o show “A festa da suficiência” e aos poucos, entre uma música e outra, conta histórias de afeto ordinárias. A classificação indicativa é de 10 anos.

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