O Conselho Universitário (COU) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) se reúne às 14 horas desta quarta-feira, 24, para analisar um recurso de pessoas ligadas a uma chapa que disputou a eleição para a Reitoria, no último dia 16, e não aceita o resultado da votação que elegeu os professores Leandro Vanalli e Gisele Mendes Carvalho como reitor e vice para o próximo quadriênio. No mesmo momento, estudantes e professores que apoiaram a chapa vencedora vão fazer uma manifestação no campus sede da universidade em apoio ao resultado da eleição.
Pessoas ligadas à Chapa 4 – Trabalho e Renovação, segunda colocada no pleito, entraram com o recurso no COU alegando que na eleição da semana passada não foram usadas as mesmas regras da eleição anterior, realizada quatro anos atrás.
Os apoiadores da chapa vencedora dizem que o que o grupo está fazendo é uma tentativa desesperada para levar a eleição para o segundo turno, na esperança de conquistar os votos das chapas 1 e 3, além de votos de estudantes, professores e agentes que não compareceram para votação no dia 16.
Os adeptos da Chapa 2, a eleita, dizem que o argumento da Chapa 4 não se sustenta porque Vanalli e Gisele somaram muito mais votos do que as outras três chapas juntas. Eles tiveram 56,1% dos votos válidos contra 43,8% da soma das demais.
“É um movimento golpista e anti-democrático”, diz um manifesto em favor do resultado da eleição, assinado por entidades ligadas à universidade, como o Diretório Central dos Estudantes (DCE), Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem), Afuem e Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), que também convoca a comunidade universitária para acompanhar a reunião do COU. “Repudiamos qualquer tentativa no sentido de violar a escolha democrática deflagrada em primeiro turno ou de tumultuar o processo eleitoral interno, que deve seguir seu rito, conforme a autonomia universitária”, continua.