Muito antes de estudar Arquitetura e Urbanismo, João Paulo da Rosa já fazia sucesso com suas aquarelas
Em parceria com a Itaipu Binacional, a prefeitura de Maringá deu nesta terça-feira, 17, a Ordem de Serviço para que a empreiteira CEZ Engenharia, de Telêmaco Borba, inicie a construção de uma ciclovia em toda a extensão da Avenida Tuiuti e mais a revitalização da Praça Senador Abilon de Souza Naves, onde as avenidas Brasil e Tuiuti se encontram.
A assinatura da Ordem de Serviço pelo prefeito Ulisses Maia (PSD) e pelo diretor da Itaipu Binacional Enio Verri, aconteceu pela manhã na Praça Souza Naves, onde operários já trabalhavam no início da obra. Diretores da Itaipu e secretários municipais participaram do evento, além do vereador Mário Verri (PT), que passou os últimos 15 lutando para que a Tuiuti tivesse sua ciclovia.
Com 4,4 quilômetros, desde o Contorno Norte até a Avenida Brasil, a ciclovia terá um investimento de R$ 9,4 milhões, sendo quase R$ 7 milhões da Itaipu e contrapartida da prefeitura.
O trecho contará com a instalação de quatro estações de apoio ao ciclista para descanso e manutenção do equipamento. Além disso, as obras preveem a reforma das calçadas para implantação de rampas de acessibilidade e sinalização tátil, travessias de pedestres no canteiro central e inclusão de semáforo para pedestres e ciclistas. Com esta obra, Maringá chega a cerca de 50 quilômetros de ciclovias.
Um ciclovia para o trabalhador
A nova ciclovia está prevista no Plano de Mobilidade Urbana de Maringá (PlanMob), que foi elaborado com a participação popular. “A ciclovia da Avenida Tuiuti é uma demanda da comunidade e consolida Maringá como uma cidade comprometida com a mobilidade urbana e qualidade de vida da população”, destacou o prefeito Ulisses Maia.
“Temos certeza de que a ciclovia da Avenida Tuiuti vai ser usada em cerca de 90% para o trabalho”, disse o prefeito. Segundo ele, enquanto algumas ciclovias são usadas para o esporte e lazer, a da Tuiuti vai trazer o trabalhador das vilas da zona norte para o trabalho em outras regiões da cidade, fazendo conexão com outras ciclovias, como as das avenidas Horácio Raccanello e Brasil/Gastão Vidigal.
O diretor da Itaipu, Enio Verri, que morou muitos anos na região da Avenida Tuiuti, destacou que a Binacional hoje tem ações em todos os municípios do Paraná e em vários do Mato Grosso do Sul, todos nas áreas de meio ambiente, cultura e esporte. Segundo ele, é compreensão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que a Itaipu fol construída com o dinheiro do povo e agora é hora de começar a devolver esses recursos em forma de obras em benefício da população.
Ciclovia é mais uma obra de arte de João Paulo da Rosa
A ciclovia da Avenida Tuiuti terá o nome do arquiteto que participou de sua criação, João Paulo da Rosa, que morreu em setembro aos 43 anos.
Vários técnicos da prefeitura participaram da elaboração do projeto, mas João Paulo foi lembrado por seus colegas pelo empenho que teve neste que foi um de seus últimos trabalhos.
Muito antes de ser arquiteto e urbanista, João era um artista plástico que retratava em suas aquarelas cenas e ambientes da cidade. Era um cronista que expressava seu olhar aguçado e profunda sensibilidade por meio de suas aquarelas.
Um ano antes de morrer, João da Rosa realizou no Shopping Maringá Park a exposição “O mundo visto pelos olhos de João”, onde mostrou algumas de suas aquarelas mais recentes.
A ideia de nominar aquela que será a mais bela e moderna ciclovia de Maringá com o nome de João Paulo da Rosa partiu de seus colegas de trabalho na Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), especialmente pela dedicação que ele aplicou no projeto da ciclovia.
A viúva do artista, Edimárcia Apolinário, e os filhos participaram do evento.
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