Com primavera chuvosa no PR em 2023, trimestre em Maringá somou 414,8 mm; temperatura recorde foi de 38,4º C

Chuva recente causou estragos em Maringá (Crédito: Ana Carolina Alves/PMM)

As duas chuvas fortes em Maringá, no domingo, 17 de dezembro, e nesta segunda-feira, 18, causaram transtornos e estragos na cidade. São o retrato de uma primavera marcada pelo aguaceiro no Paraná.

A precipitação acumulada no trimestre maringaense soma 414,8 mm, conforme o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) consultado por esta reportagem. Confira cada mês:

Setembro: 69,6 mm
Outubro: 167,2 mm
Novembro: 178,0 mm

Aliás, outubro foi o mês mais chuvoso do trimestre, com os acumulados superando as médias em todas as regiões do Paraná. O Sudoeste e o Centro-Sul Paranaense foram as regiões que receberam as maiores montas, com valores que superaram os 600 mm neste mês.

De acordo com dados atualizados pelo Simepar na manhã desta terça-feira, 19, houve registro de 43,2 mm de chuva em Maringá entre 15h e 17h de segunda-feira, 18. As rajadas de vento chegaram a 75 km/h.

As equipes da Prefeitura trabalharam durante a noite de segunda para atendimento das ocorrências e seguiram nas ruas na manhã desta terça-feira, 19. A Defesa Civil Municipal atendeu, desde domingo, 15 residências com lonas. A mobilização envolve servidores das secretarias de Limpeza Urbana (Selurb), Infraestrutura (Seinfra), Mobilidade Urbana (Semob), Segurança e Defesa Civil, além de representantes do Corpo de Bombeiros e Copel.

De acordo com a Copel, a energia elétrica foi restabelecida em mais de 50% das unidades que ficaram sem energia na tarde de segunda. O número de unidades sem energia foi reduzido de 10.300 para 4.800 na manhã desta terça-feira, 19. A concessionária informou que as equipes seguem nas ruas para atendimento das ocorrências e reforços vindos de outras localidades continuarão na cidade.

Fonte: Simepar

Paraná
O trimestre da primavera meteorológica – setembro, outubro e novembro de 2023 – foi marcado por grandes variações atmosféricas, com recordes de temperatura e chuva nas diversas regiões do Paraná.

Os acumulados de chuva superaram os 900,0 mm em diversos municípios durante a estação, principalmente no Sudoeste e Centro-Sul paranaense. Em Palmas, por exemplo, choveu 1246 mm neste período, uma média de 415 mm por mês.

A média histórica de chuva foi superada em quase todo o estado. Os maiores volumes foram registrados na “metade” sul, superando os 600,0 mm de anomalia positiva em municípios do Sudoeste paranaense.

Houve registro de recordes de acumulado de chuva em todos os meses do trimestre, principalmente em outubro e novembro. Em outubro, 24 das 48 estações do Simepar analisadas registraram os maiores valores de toda a série histórica.

Fonte: Simepar

Temperaturas
Em relação às temperaturas, estas foram observadas acima da média em todo território paranaense, com destaque para as áreas central e norte que apresentaram valores, em média, 1,5° C de anomalia positiva.

A atuação de massas de ar excepcionalmente quentes sobre o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, bem como a atuação de bloqueios atmosféricos, foram os principais responsáveis pelas altas temperaturas e ondas de calor.

Setembro, o mês mais quente do trimestre, apresentou anomalias positivas em todas as regiões, com valores que chegaram a 3,5 e 4° C acima da média, nas áreas norte e central do Paraná, respectivamente. Curitiba registrou anomalia positiva de 2,7° C.

Em Maringá, o nono mês do ano foi de máxima de 37,2º C; e recorde de 38,4º C em novembro para 2023. A maior marca na série histórica ainda é outubro de 2020, quando os termômetros registraram 40,8º C na chamada “Cidade Árvore do Mundo”.

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