Comunidade surda busca maior inclusão na sociedade; Maringá dá exemplo

O Maringá

Secretaria da Pessoa com Deficiêcia de Maringá disponibiliza curso de linguagem de sinais - Foto: Ilustrativa/Freepik

O mês de setembro é especial para a comunidade surda no Brasil e em todo o mundo. Com várias datas históricas como o 1º de setembro (dia de promulgação da lei nº 12.319 que regulamentou a profissão do intérprete de Libras no Brasil). Libras é a Língua Brasileira de Sinais, usada na comunicação dos surdos.

Buscando dar maior visibilidade à comunidade surda no Brasil a iniciativa foi pensada para incentivar medidas de conscientização sobre os problemas enfrentados, as lutas enfrentadas ao longo dos anos, além de servir como momento para homenageá-la e incentivar medidas em benefício dos seus representantes.

Em Maringá

Maringá conta com a primeira e única Secretaria da Pessoa com Deficiência (Seped) do Paraná, atualmente. Criada há pouco mais de um ano, dentre os vários projetos incluídos na secretaria, como apoio aos deficientes visuais, autistas, entre as demais deficiências, existe um estudo da língua de sinais das próprias pessoas com surdez.

São mestres, doutoras, especialistas de várias entidades e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) que se juntaram aos profissionais da Seped para instalar sinalizações em língua de sinais nas ruas, avenidas, bairros da cidade.

O trabalho é realizado todas as terças-feiras na sede, localizada no Terminal Urbano e em breve os maringaenses vão poder saber detalhes em vídeos disponibilizados pelos profissionais no canal do YouTube.

Curso de Libras

A Secretária da Pessoa com Deficiência de Maringá, Betinha Dumont, destaca que o curso de Libras está disponível para quem precisar. “O surdo tem a sua diferença linguística, então ele tem que ser respeitado dentro dessa identidade que ele tem que é a cultura. Aprendendo a língua de sinais a gente respeita essa cultura porque nós é que temos que nos adaptar a pessoa com deficiência”.

Confira as datas especiais

20 a 26 de setembro: Semana Internacional dos Surdos (semana comemorativa estabelecida pela Federação Mundial dos Surdos;

23 de setembro: Dia Internacional da Língua de Sinais;

26 de setembro: Dia Nacional do Surdo;

30 de setembro: Dia Internacional do Surdo e Dia Internacional do Tradutor e Intérprete.

História

Fonte: Brasil Escola

A cor azul foi resgatada como símbolo de resistência dos surdos no contexto nazista e como uma forma de homenagear os que foram vítimas de violência nesse contexto. Isso porque havia um programa eugenista estabelecido pelos nazistas na Alemanha durante a década de 1930 e continuado com o início da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Esse programa tinha relação com a Lei de Prevenção de Doenças Hereditárias, criada com o propósito de “purificar” a raça alemã.

Com o tempo, essa lei permitiu que milhares de pessoas com deficiências físicas e doenças hereditárias fossem executadas pelo governo. Essas execuções eram divulgadas como se tivessem sido eutanásias, mas, na verdade, eram assassinatos. Entre as “doenças” que a lei mencionava, estava a surdez hereditária. Assim, os surdos eram um dos alvos da lei eugenista criada pelos nazistas.

Estima-se que 275 mil pessoas tenham sido mortas pelo programa Aktion T4, que estabeleceu a execução de pessoas com deficiências físicas ou mentais. As vítimas desse programa eram mortas em câmaras de gás e forçadas a usar uma faixa de cor azul como forma de identificação. Sendo assim, a faixa azul representava alguma deficiência na ótica eugenista dos nazistas. A cor azul possui, atualmente, grande importância na representatividade surda.”

Sair da versão mobile