Mais de 300 lideranças do cooperativismo de crédito brasileiro estiveram em Maringá na última quinta-feira, 17, no evento “Intercooperação e o futuro das cooperativas de crédito”, realizado pela Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) e Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem) e a parceria da Sicredi Dexis, Sicoob Metropolitano e Sisprime.
Participaram representantes de cooperativas do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Especialistas e líderes discutiram o futuro do setor. Tecnologia, concorrência com instituições não bancárias e 1,5 mil fintechs, inteligência artificial e intercooperação permearam palestras e painéis para troca de experiências. Entre os palestrantes estiveram João Tavares, conselheiro do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito, Harold Spínola, que foi chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições Não Bancárias do Banco Central do Brasil; Edney Souza, professor, confundador e integrante de sete startups, e José Salibi Neto, cofundador da HSM, além de lideranças ligadas à Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) e Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito Confebras).
A transformação digital, as mudanças do sistema financeiro e as novas gerações de consumidores foram temas que permearam todas as discussões e serão decisivas para o futuro. “As empresas morrem porque fazem bem as mesmas coisas durante tempo demais”, ponderou Salibi Neto. Outro ponto debatido foi a importância do relacionamento, que é um dos diferenciais do sistema cooperativo para outras instituições financeiras.
No Brasil, de acordo com o Banco Central, o cooperativismo de crédito conta com 18 milhões de cooperados, R$ 730 bilhões em ativos totais, R$ 445 bilhões em crédito e 9,8 mil unidades de atendimento em 57% dos municípios do país. Em 368 municípios as cooperativas de crédito são as únicas instituições financeiras.