Coronavirus; Hospital Paraná suspende atendimento em Maringá

Com esgotamento da capacidade, o Hospital Paraná informou que o Pronto Socorro encontra-se momentaneamente fechado

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O Hospital Paraná publicou uma nota na manhã de quinta-feira, 27 de maio, suspendendo por tempo indeterminado o serviço do Pronto Atendimento do estabelecimento. A medida, conforme comunicado, foi por conta da alta demanda de pacientes com Covid-19, o que resultou na impossibilidade de novos internamentos causada pela ocupação total dos leitos.

O comunicado foi feito em meio ao crescimento de casos de Covid-19 em Maringá e a rápida ocupação dos leitos disponíveis tanto na iniciativa privada quanto na pública.

Os dados de ocupação de leitos da Secretaria de Saúde apontaram até o fechamento da matéria que Maringá chegou a 1.105 mortes desde o início da pandemia. Somente em maio de 2021, 100 pessoas já morreram por conta da doença, média de 3,70 mortes ao dia.
COVID-19.

Segundo informações da Secretária de Inovação, Aceleração Econômica, Turismo e Comunicação, somente 4 de março até 20 de maio, a faixa etária média de pessoas internadas nas UTIs do Hospital Municipal era de 58 anos, tempo de internamento médio de 11,7 dias e a taxa de mortalidade de 69,7%.
Os dados apresentaram outro perfil na última semana. De 20 a 27 de março a média de idade caiu de 58 para 47 anos, o tempo médio de internamento aumentou para 13 dias (há internações com até 40 dias) e a taxa de mortalidade baixou para 59,6%.

A queda na taxa de mortalidade é positiva, mas se reflete em dados também negativos. A baixa se deve à menor idade dos internados e estes ficam mais tempos ocupando leitos de Unidade de Terapia Intensiva e enfermarias. Os pacientes também têm chegado ao hospital com a doença em estado mais grave. No período de 4 de março a 27 de maio a taxa de utilização de ventilação mecânica era de 85% e, na última semana, cresceu para 95%. A necessidade do uso de drogas vasoativas também aumentou, saltando de 70% para 95%.

“Os jovens ocupam mais tempo dentro da UTI. Automaticamente é necessário investir em mais medicamentos, mais recursos humanos e mais tempo de utilização de equipamentos”, explica o diretor do Hospital Municipal, Welynton de Souza. Ele fala ainda da dificuldade de relatar para a família a situação dos jovens. “Para nós, profissionais da saúde, é muito difícil dizer para uma mãe que o seu filho está intubado. E, em muitos casos, que ele faleceu. Eu me emociono porque é um trabalho que realizo diariamente”, afirmou.

A diretora de Urgência e Emergência da Secretaria de Saúde, Tamara Cassiano, ainda destacou que, além da demanda de pacientes com covid-19, a Saúde precisa se preocupar com pacientes clínicos que também necessitam de leitos por outras comorbidades. O diretor de Planejamento da Secretaria de Saúde, Hudson Guimarães, ainda fez um segundo pedido, solicitando para que as pessoas não deixem de tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19.

A Rede Metropolitana de Sarandi, também informou que está com os leitos lotados devido o aumento de casos, mantendo somente atendimento via SAS, Samu e Siate.

COMUNICADO. A medida, conforme comunicado, foi por conta da alta demanda de pacientes com Covid-19. FOTO-DIVULGAÇÃO

 

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