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Zootecnia da UEM é a ‘irresponsabilidade’ que dá certo há meio século

Por Luiz de Carvalho
21 de maio de 2025
Criação de um curso de Zoootecnia sem estrutura foi uma irresponsabilidade que deu certo

Com palestras, debates e apresentações, continua nesta quarta-feira, 21, no Bloco B33 do campus sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM), a II Reunião Estadual de Ensino de Zootecnia do Paraná, evento que celebra os 50 anos da instalação do Curso de Zootecnia da UEM, um dos primeiros do Brasil e que por 25 anos foi único no Paraná.

O evento reúne profissionais da Zootecnia, professores e estudantes, é aberto ao público e será encerrado sábado, 24, no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Rincão Verde, com um churrasco de confraternização. Além do almoço, haverá apresentações musicais, homenagens e esportes rurais, como touro mecânico, laço, e até um torneio de estilingue, entre outros.

A história por que a viveu

A história dos 50 anos da Zootecnia da UEM está sendo contada desde o primeiro dia da Reunião Estadual de Ensino de Zootecnia de uma maneira que mesmo estudantes que estão começando no curso podem entender a luta, as dificuldades, bem como a importância do curso, tanto para eles próprios quanto para o setor produtivo.

A ideia do Departamento de Zootecnia foi colocar durante esses dias os estudantes convivendo com pessoas que estiveram no nascimento do curso, há meio século, e contribuíram para que ele se tornasse referência no País. Assim, a garotada se conscientiza que também faz parte dessa história, talvez nem tanto a dos primeiros 50 anos, mas da que vem daqui para a frente.

Nesta terça-feira, por exemplo, o diretor do Departamento de Zootecnia, professor Leandro Dalcin Castilha, coordenou uma roda de conversa que contou parte da história do curso e de pessoas envolvidas com a chegada da Zootecnia na UEM, na época uma universidade que dava seus primeiros passos e criava os primeiros cursos.

Assim, os jovens estudantes passaram uma manhã inteira atentos à conversa de senhores de cabelos brancos, com idade para ser seus avós, mas que chegaram ao mesmo campus com a idade que os estudantes têm agora.

Participaram do bate-papo sobre momentos históricos os professores Elias Nunes Martins, Orlando Rus Barbosa e Ulisses Cecato, que se mudaram para Maringá por causa do curso, e Basílio Baccarin, já que o curso nasceu por que ele se mudou para Maringá.

Baccarin está na UEM desde antes da criação da universidade, participou em tudo, esteve envolvido na criação de cursos e na constituições da estrutura de alguns centros, entre eles o das Ciências Agrárias, sendo responsável direto, por exemplo, da negociação que resultou na aquisição da área que hoje é a Fazenda Experimental de Iguatemi, a FEI, onde estudantes de graduação e de pós-graduação de Zootecnia e Agronomia praticam e desenvolvem pesquisas.

O professor Ivan Moreira, outro dos pais da Zootecnia da UEM, há 50 anos brinca dizendo que o professor Baccarin foi “totalmente irresponsável” por criar em Maringá um curso de Zootecnia, que ninguém sabia o que era, para o que servia e o que fariam seus formados.

Segundo o professor Ivan, o curso nasceu sem ter sala, laboratório e onde praticar, não tinha uma propriedade rural e nem animais, sequer uma galinha ou uma vaquinha para mostrar aos alunos qual seria o serviço deles após formados.

A brincadeira do professor Ivan – que, na verdade, nem era tão brincadeira assim – se referia à situação de uma universidade que estava nascendo. As dificuldades e falta de estrutura se verificava também em outros cursos. Foi o caso, por exemplo, do curso de Educação Física, que nasceu na mesma época sem ter sequer um terreno baldio para a prática de qualquer esporte, só tinha uma sala, onde professores ensinavam fundamentos com gestos: “essa é a poosição das mãos para arremessar a bola ao cesto, o chute de ‘truvela’ é com esse lado do pé”. Era normal ver alunos deitados de barriga sobre a mesa do professor dando braçadas e pernadas como se estivessem nadando. Era aula de natação.

Um curso rural para um Estado agrícola

Ao ouvir falar em Zootecnia durante um congresso da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) no Rio de Janeiro, o professor Basílio Baccarin fez a mesma pergunta que todo mundo fazia quando ouvia aquela palavra pela primeira vez: o que é isso?

Ele tinha ido ao Congresso representando a UEM e lá ouviu que a Universidade Federal Fluminense estava instalando um curso de Zootecnia, que era novidade porque até então nem existia zootecnista no Brasil. O primeiro curso tinha sido criado três anos e meio antes na Pontifícia Universidade Católica de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, e àquela altura tinha chegado também nas federais de Minas Gerais em Belo Horizonte e Viçosa, em Santa Maria e Porto Alegre, ambas no Rio Grande do Sul.

Criação da curso de Zootecnia na U|EM foi uma irresponsabilidade que deu certo
Professores BasíllioBaccarin e Elias Martins contam a história do curso a partir de suas vivências Footo: Luiz de Carvalho

Alguém passou horas explicando a Baccarin que Zootecnia não tem nada a ver com Veterinária, não mexe com doenças de animais. Trata-se de uma ciência e prática que se dedica à criação, conservação e produção animal.

Naquele momento, a cafeicultura, até então base da economia paranaense, havia sido arrasada pela geada negra que mudou a agricultura no Estado, muitos produtores não teriam coragem nem meios para voltar à atividade e previa-se uma mudança muito grande no setor. Talvez boa parte dos cafezais seria substituída por pastagens, fazendo da Zootecnia uma ciência necessária.

Nos meses seguintes, Baccarin vivia de tentar convencer a Reitoria da UEM, professores e a cidade sobre a importância de um curso de Zootecnia, sempre ouvindo aquelas perguntas que ele fez durante o congresso da SBPC: zoo o quê? que é isso, para que serve, a quem interessa?

E ele já tinha a resposta decorada, nem precisava pensar muito para explicar: é uma ciência que abrange diversas áreas, como nutrição, reprodução, melhoramento genético e saúde animal, buscando otimizar a produção de alimentos, fibras e outros produtos de origem animal de forma sustentável e eficiente.

Respondeu tanto que deixou de ser o único irresponsável – como diria o professor Ivan. Sem uma chácara, sem uma galinha amarrada pelo pé, a UEM criou seu curso de Zootecnia, chamou vários professores que nem eram da área, e de lá para cá formou 2.064 zootecnistas que estão espalhados pelo Brasil e outros países, ajudou a fortalecer a pecuária e hoje é referência no Brasil. A ‘irresponsabilidade’ deu certo.

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Tags: Destaqueirresponsabilidade que deu certoZootecnia da UEM

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