O verão nem pintou ainda na folhinha e o maringaense já tem convivido com altas temperaturas desde o mês passado. Com a chegada do fim de ano, a situação tende a ficar mais quente.
Não por sinal, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) escolheu dezembro, mês marcado pelo início do verão nos países do hemisfério sul, para instituir a campanha “Dezembro Laranja”, buscando a prevenção e detecção precoce do câncer no maior órgão do corpo humano.
Existe mais de um tipo de câncer de pele, porém todos têm a mesma causa principal que é a exposição solar prolongada. Além da luminosidade e do calor, o sol emite também raios ultravioletas, que causam lesões nas células da pele da pessoa e isso pode levar ao câncer de pele.
Quanto maior for a exposição solar, mais lesão celular e maior o risco de câncer de pele. A intensidade dos raios muda conforme o horário do dia e época do ano. Próximo ao meio-dia a intensidade é maior, assim como no verão.
Tipos
O carcinoma basocelular e carcinoma epidermoide são os mais comuns e também são os mais simples com taxa de cura bastante alta.
Outro tipo de câncer de pele é o melanoma maligno, que é menos comum, mais agressivo podendo causar metástases e quadros graves.
Cuidados
O cirurgião oncológico Igor Roszkowski cita alguns cuidados importantes que devemos ter, como evitar a exposição solar prolongada, principalmente nos horários do dia em que há aumento dos raios ultravioletas. “Quanto mais perto do meio-dia, maior a intensidade desses raios. Quanto mais longe do meio-dia, os raios nocivos são menos intensos e causam menos queimadura e menor lesão das células da pele”, complementa.
O profissional salienta que quando o sol está bem alto no céu, é a hora em que mais causa lesão na pele, ou seja, a hora que causa mais queimadura solar. Quando o sol está baixo e mais perto do horizonte os raios são menos intensos e é mais seguro se expor ao sol.
Outra medida é o filtro solar. Ele “peneira” os raios ultravioletas, diminuindo a queimadura e a lesão celular causada pela insolação. Os filtros devem ser passados em áreas expostas ao sol. Porém, somente esse produto não protege completamente, o ideal seria evitar a exposição prolongada nos períodos do dia e nos períodos do ano com maior quantidade de raios nocivos.
Pele clara
Pessoas de pele mais clara têm menos proteção aos raios e têm maior risco de desenvolver o câncer de pele.
Por isso, indivíduos com histórico familiar de câncer de pele e pele clara precisam ser aquelas que devem mais se proteger do sol.
Na verdade, tudo mundo necessita se proteger, mas quem tem pele mais clara e se queima facilmente ao se expor ao sol tem preocupação maior.
Orientações
A população com lesões de pele que não cicatrizam ou não melhorem deve procurar atendimento médico, pois estas lesões podem ser câncer de pele.
“Na prevenção, há necessidade de educação da população quanto à procura de atendimento médico em casos de lesões de pele suspeitas. E há necessidade de educar quanto ao uso de filtro solar nos horários de pico de insolação e que se possível as pessoas evitem se expor ao sol nestes horários”, orienta Roszkowski.
Ações que podem ser adotadas, segundo o cirurgião oncológico Igor Roszkowski
- Conscientização sobre uso de filtros solares;
- Conscientização sobre prevenção de exposição solar em crianças, o que é muito importante;
- Conscientização sobre exposição solar em horários mais nocivos;
- Conscientização sobre uso de roupas adequadas e proteção solar;
- Conscientização para a procura de atendimento médico por lesões de pele ainda pequenas, que são as mais simples de resolver.