Nesta quarta-feira, 25, é celebrado o Dia do Feirante. Uma figura importante que ajuda a estimular as pessoas aos hábitos saudáveis. O consumo de alimentos frescos e naturais, como aqueles presentes nas feiras de rua, é essencial para manter a saúde e a qualidade de vida. Por isso, é tão importante homenagearmos os trabalhadores que nos permitem a compra desses alimentos para a casa. A data foi escolhida para contemplar a primeira feira livre que aconteceu em São Paulo, com 26 feirantes.
Entre os vários aromas que pode ser encontrado na feira e que não pode faltar na mesa dos brasileiros é o famoso cafezinho. Mesmo com todos os avanços tecnológicos, ainda há uma boa clientela que prefere o café caseiro, aquele que vem direto do produtor e que é moído na hora. Este pó de café moído na hora vem direto do comerciante Natal Buozo que segundo ele, está na família há três gerações.
“Com o café eu sou a terceira geração, meu avô veio da Itália, comprava sitio, plantava o café. Às vezes, ele vendia o sitio, voltava pra Itália de novo. Depois veio meu pai que ficava geralmente no plantio e cultivo, e, eu somente na feira já tenho 22 anos”, explica.
O café é tão gostoso que não atrai somente pessoas de Maringá, como é o caso da advogada Edna Ramos, que vem de Jandaia do Sul [distancia de 45km de Maringá] só para tomar aquele cafezinho. “Esse café é de qualidade, todo mundo que toma, aprova, gosta pergunta onde comprei. O sabor é diferente, todas as pessoas que tomam adoram”, diz.
Segundo seo Natal, o segredo de ter um café tão apreciado é a dedicação que ele tem. “É a dedicação, meu pai gostava disso, eu também gosto de mexer com o café. É a seleção do grão, é a torra, o preparo. Tudo é o que faz a diferença.
Em meio a várias barracas que existem na Feira do Produtor, em Maringá, encontra-se uma que embeleza mais que as outras e tem o poder de chamar a atenção pela diversidade de legumes e verduras que tem. A barraca de hortaliças do feirante Toninho Moraes, 71, morador de Mandaguari, distante 28 km de Maringá, é muito conhecida não somente pelos legumes, mas pelo grande coração em ajudar as pessoas.
“É muito bom quando na vida fazemos o que gostamos, ajudar quem precisa é algo que me deixa muito feliz”, é o que conta o feirante Toninho Moraes.
Trabalhando com este ramo há 46 anos, Toninho relata que tudo começou em Mandaguari ajudando instituições com legumes e verduras que não eram vendidas no mesmo dia, depois, que surgiu a feira dos orgânicos em Maringá, resolveram vir para a cidade e aqui não foi diferente.
“Conversei com alguns feirantes e eles concordaram com a ideia de que o que sobrasse seria doado para a casa de apoio Amor ao Próximo em Maringá, fazemos assim há cinco anos, mas por conta da pandemia o local acabou fechando para evitar aglomerações”, diz.
Para continuar fazendo o trabalho voluntário em meio a essa situação, seo Moraes junto com a esposa, filhos e netos decidiram continuar entregando alimentos em forma de delivery para as famílias carentes. “Depois da pandemia, conseguimos até ajudar outras instituições, lares e estamos levando até para aqueles que perderam o emprego”, comenta.