Dia Mundial do Café: veja como foi descoberto o seu efeito

Dia Mundial do Café - 14 de abril

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Hum, que cheirinho bom! Geralmente é isso que pensamos ao sentirmos o cheiro do café enquanto ele está sendo passado no coador, não é mesmo? Mas o café não representa apenas esse aroma agradável. Ele também pode fazer muito bem à nossa saúde.

Cientistas de vários países do mundo têm descoberto, a cada dia, mais benefícios que o café pode trazer quando é consumido moderadamente pelo homem.

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Estudos relativos às influências do café no organismo humano estão sendo realizados por profissionais da área de saúde. Esses estudos comprovaram, por exemplo, que o café pode fazer bem ao coração, evita a depressão, estimula o aprendizado, ajuda a controlar crianças hiperativas e até pode ajudar em dietas para emagrecimento. O café contém apenas 1 a 2,5% de cafeína, substância mais conhecida presente no grão. É a cafeína que produz esse efeito estimulante ao consumir o café. Mas o café possui ainda, e em maior quantidade, diversas outras substâncias importantes para o organismo humano, tais como: minerais, aminoácidos, lipídios, açúcares, vitamina do complexo B, além dos ácidos clorogênicos, que ajudam na remoção dos radicais livres, reduzindo o envelhecimento precoce dos tecidos.

História do café

Como foi descoberto o seu efeito

Conta uma lenda que, por volta do ano 800, um pastor da Abissínia (atual Etiópia), chamado Kaldi, resolveu levar até um monge conhecido seu o fruto de uma planta que, segundo ele, deixava o rebanho alegre e disposto quando a ingeria. O monge, intrigado, resolveu experimentar uma infusão daqueles frutos amarelo-avermelhados e percebeu que realmente lhe ajudava a ficar mais tempo acordado durante suas meditações.

O conhecimento do efeito do café chegou então ao Norte da África e chegou ao mundo árabe em meados do século XV, quando era usado como uma pasta fortificante para que as pessoas ficassem acordadas olhando para Alá.

A fama do café foi se alastrando, chegando até os mosteiros, onde então os monges passaram a preparar uma infusão das folhas junto com o fruto em forma de chá. Certo dia, um dos monges levou alguns ramos de café carregados de frutos para perto do fogo para tentar secá-los e guardá-los para os períodos de chuva. Porém, acidentalmente, os grãos torraram, exalando um aroma agradável. Os monges tiraram os grãos do fogo e trituraram-os, transformando-os em pó e preparando a bebida. Foi assim que surgiu a forma de tomar café que conhecemos hoje.

A produção na Europa

Apesar dos árabes terem tomado medidas para manter o monopólio da produção de café, os holandeses conseguiram contrabandear os frutos frescos para as suas colônias asiáticas (Java, Ceilão e Sumatra) e, depois, para as Antilhas Holandesas, na América Central. Foi graças aos holandeses que o café começou a ser conhecido no mundo. Na Europa, inicialmente, era consumido como remédio para vários males. Só a partir do século XVII começou a ser adotado como bebida.

O café no Brasil

O café ocupa uma parte muito importante na história do Brasil. Em 1727, entrou no país pelo Pará e se adaptou facilmente ao clima brasileiro. Tanto que, em 1830, o café já era o principal produto de exportação, ultrapassando o algodão e o açúcar e, em 1845, já era responsável quase pela metade do café mundial. Assim, o café é sinônimo de progresso, contribuindo decisivamente para a industrialização brasileira.

Uma curiosidade é que as grandes plantações brasileiras surgiram de um único pé. Um cafeeiro de Amsterdã deu origem aos primeiros cafés plantados no Suriname, Guiana e Brasil. Um cafeeiro do Rio de Janeiro também iniciou a produção nos estados do Rio, Minas Gerais e São Paulo. Uma única planta de Jundiaí, interior de São Paulo, deu origem aos cafezais de Campinas e regiões circunvizinhas. Os primeiros cafezais brasileiros foram, portanto, descendentes de uma única espécie, a Coffea arabica. Foi apenas na década de 80 que a espécie robusta passou a fazer parte da pauta de produção brasileira.

Fontes: Embrapa e Café Point

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