Culpando o senador Sérgio Moro pela crise interna do União Brasil em Maringá e se dizendo vítima de racismo estrutural, o deputado estadual Paulo Rogério do Carmo informou nesta sexta-feira, 2, que não será candidato a prefeito de Maringá nas eleições deste ano. Ele não disse, porém, que sua saída seja uma decisão dos diretórios nacional e estadual do partido, bem como não disse quem teria manifestado atitude racista contra ele.
A decisão de não concorrer foi anunciada na tarde desta sexta-feira, durante coletiva de imprensa no auditório do Centro Comercial Le Monde, com a presença também dos pré-candidatos à vereança pelo União Brasil e PRTB.
A justificativa do deputado é a atuação de Moro para assumir o controle sobre os diretórios e comissões provisórias do União Brasil nas principais cidades do Paraná. Em Junho, Moro encaminhou um ofício à Executiva nacional do partido pedindo a dissolução das direções do União em várias cidades paranaenses, entre elas, Maringá, alegando que o pré-candidato do partido, no caso Do Carmo, não tinha aceitação da comunidade para ser competitivo em uma disputa a prefeito – Veja o requerimento abaixo.
Segundo Do Carmo, para uma disputa a prefeito em uma cidade da importância de Maringá é preciso que o grupo do possível candidato esteja unido, o que não é mais o caso do União Brasil após as ações de Moro que quer que o partido em Maringá seja nêutro.
Nos próximos dias, lideranças locais do União Brasil, PRTB e Agir vão buscar soluções para que os pré-candidatos a vereador, já aproxados em convenção realizada na semana passada, não sejam prejudicados. É possível a união da nominata para apoiar uma das candidaturas já postas a prefeito, mas não está descartada a possibilidade de os pré-candidatos ficarem livres para se unir a qualquer um dos candidatos a prefeito.
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