O Maringá Histórica deu início à produção de mais um documentário. “Paixão esquecida: a história do futebol profissional de Maringá”, média-metragem com roteiro e direção de Miguel Fernando, finalizou a captação de imagens e entrevistas na segunda quinzena de março e agora entra na etapa de pós-produção, quando será feita a montagem e edição, trilha sonora, colorização e finalização. A previsão de lançamento está estimada para agosto deste ano.
Desta vez, o foco é relembrar sete décadas de histórias relacionadas ao futebol maringaense, incluindo as maiores conquistas de dois dos mais importantes times da cidade: o Grêmio Esportivo Maringá e o Grêmio de Esportes Maringá, que apesar da semelhança nos nomes, são times diferentes. Para isso, 30 entrevistados, entre ex-jogadores, ex-dirigentes, imprensa da época, membros de torcidas organizadas e pesquisadores, compartilharam depoimentos, histórias e análises. “O objetivo é fazer um retrato dessa história, abordando as principais conquistas e desafios. O grande diferencial é que utilizaremos um acervo raro e inédito de vídeos do Maringá Histórica, em especial do campeonato de 1977, quando o Grêmio foi campeão estadual”, revela Miguel Fernando. Entre essas imagens, está o resgate de narrações emocionantes dos melhores momentos do futebol profissional local.
Algumas conquistas hoje são inimagináveis e totalmente desconhecidas pelas novas gerações. Em 1963, por exemplo, o Grêmio Esportivo Maringá conquistou o Campeonato Paranaense, trazendo o primeiro título do futebol profissional da cidade. O bicampeonato veio logo no ano seguinte, momento em que o time também disputou a Taça Brasil e outras competições nacionais. Amistosos importantes aconteceram na cidade, fazendo com que até Pelé passasse por aqui.
Na linha do tempo traçada pelo filme, a história tem início em 1948 com a fundação da Sociedade Esportiva e Recreativa de Maringá (SERM), primeiro time amador da jovem cidade, passando por 1957, quando surgiu o primeiro time profissional local (o Maringá Atletico Clube), chegando aos dias atuais, com o Maringá Futebol Clube e Aruko Sports Brasil. A construção e reforma dos locais que serviram (e ainda servem) de palco para estes espetáculos esportivos, como a Vila Olímpica, onde está o Willie Davids, e o Brinco da Vila, na Vila Operária, também são temas abordados por meio do olhar de arquitetas entrevistadas.
Para realizar a produção, 10 pessoas participaram ativamente da equipe, com destaque para a pesquisa, que ficou a cargo do jornalista Antonio Roberto De Paula, do Museu Esportivo de Maringá, e de Ortílio Carlos Vieira, o Tilinho; a assistência de direção de Thayse Fernandes e a direção de fotografia do argentino Marcel Lomuto.