O Eco.TIC.Nova 2023 referenda os ecossistemas de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) das regiões de Maringá e Londrina, unindo em um mesmo evento seus encontros de destaque do segmento iniciados em 2013: o Eco.TIC (Londrina) e o TIC.Nova (Maringá). O evento, presencial, aconteceu na última terça-feira em Londrina e nesta quarta em Maringá, apresentando as principais tendências do mercado e novidades do setor, com foco em tecnologia, inovação e negócios.
As programações contemplam as duas cidades, geram conhecimento, conteúdo e oportunidades, com palestras, painéis, cases de negócios de sucesso, atividades práticas em tecnologia e inovação, discutem temáticas complementares e podem ser vistas no site do evento: www.ecoticnova.com.br As inscrições e aquisição de ingressos devem ser feitas pela plataforma Sympla.
“O Eco.TIC.Nova é um evento não só para quem tem empresa de tecnologia, mas também para quem usa a tecnologia dentro da empresa, promovendo a integração entre os diversos atores da sociedade. O setor de tecnologia é transversal onde todas as empresas da cadeia econômica precisam consumir a tecnologia para que possam estar cada vez mais competitivas no mercado”, explica a consultora do Sebrae/PR em Londrina, Danubia Milani.
Aliança Estratégica e os ecossistemas
Os ecossistemas regionais de Maringá e Londrina impulsionam o desenvolvimento regional e a inovação em todas as áreas, devido a um movimento de TIC forte no Noroeste e Norte do Estado iniciado há quase três anos, antes da formalização da Aliança Estratégica.
Lúcio Kamiji, presidente do TI Paraná e da Estação 43, diz que o Eco.TIC.Nova é uma das ações do segmento e reforça a Aliança Estratégica, definida há quase um ano entre os prefeitos das duas cidades, que incentiva a integração entre setores similares. ”O setor de TIC foi o primeiro a se unir na região realizando já em 2022 o 1º Eco.TIC.Nova. Este ano estamos na 11ª edição dos eventos e o segundo em conjunto”, explica Kamiji.
O Consultor do Sebrae/PR em Maringá, Nickolas Kretzmann diz que esta 11ª edição do evento é motivo de orgulho e resultado de muito trabalho. “Tudo que vai ser discutido ao longo dos dois dias vem com a proposta de fortalecer o setor, trazendo um grande repertório para entregar aos empreendedores, para que possam continuar construindo o presente e o futuro do segmento de tecnologia em nossas regiões. E consolida as cidades de Maringá e Londrina como polos, não somente no Estado, mas também referência nacional. Uma região que respira tecnologia respira inovação e que continua se preparando para ser competitiva no curto, médio e longo prazo”.
Formação e postos de trabalho
Em Londrina e Maringá, entidades do setor, APL de TIC e Software by Maringá respectivamente, com base em fontes técnicas do segmento, colocam que o número de postos de trabalho ofertados em TIC pelos municípios dos ecossistemas cresceu nos últimos anos em mais de 300%. Nas duas cidades, os empregos formais oferecidos em serviços de TI ultrapassam os seis mil postos de trabalho e apresentam cerca de cinco mil posições abertas de empregos.
Thiago Zampieri, presidente da APL de TIC, diz que o setor de serviços em TIC já chega a 10% do PIB londrinense e a perspectiva é aumentar ainda mais esta participação. João Williann Solim, executivo do Software by Maringá, comenta que o setor de TIC em Maringá é o 3º maior em arrecadação de ISS, estando atrás, apenas, do Financeiro e do setor de Saúde.
A região dos ecossistemas apresenta 28 universidades e faculdades com cursos de TIC e mais de 40 cursos técnicos. Esta realidade fez com que diversas empresas de base tecnológica, entre elas multinacionais, se instalassem nas regiões, além de laboratórios, centros tecnológicos, hubs e parques tecnológicos. O primeiro e único Hub de Inteligência Artificial (IA) do Sistema S está no Senai, em Londrina e Maringá tem uma das maiores processadoras bancárias do país.
A força do segmento de TIC
Dados da Brasscom (Associação Brasileira das Empresas da Tecnologia da Informação, Comunicação e de Tecnologias Digitais) mostram que o setor de TIC movimentou, em 2022, mais de 650 bilhões de reais, o que representa quase 7% do PIB nacional. No ranking mundial, o Brasil é o 10º na produção de TIC, mas na América Latina é o primeiro colocado.
“O setor de TIC é um segmento de indústria limpa, de rápida instalação e não agride o meio ambiente, atende desde o público local, passando pelo nacional até o internacional. O macro setor de TIC emprega hoje, dois milhões de pessoas no Brasil”, diz o coordenador geral da ABRATIC (Associação Brasileira de Tecnologia, Inovação e Comunicação), Roberto Nishimura.