A Editora da Universidade Estadual de Maringá (Eduem) está lançando quatro novos livros, três deles já disponibilizados por meio da loja virtual do setor, com preços a partir de R$ 45,00. Para compras feitas na Livraria da Eduem, localizada na avenida Colombo, 5790, Bloco F05, câmpus universitário, é possível ter desconto de até 40% sobre o preço de capa. Para ler um preview das obras, clique nos respectivos títulos, abaixo.
“O corpo das mulheres em Chiquinha Gonzaga: entre regularidades, rupturas e discursos de resistência” será lançada nessa sexta-feira, dia 27. A obra analisa o discurso acerca do corpo das mulheres em obras musicais de Chiquinha Gonzaga, nas décadas de 1880 a 1930, no intuito de identificar regularidades, rupturas e discursos de resistência resultantes de objetivações do feminino.
Chiquinha era o codinome de Francisca Edviges Neves Gonzaga, uma compositora carioca, instrumentista e maestrina. Falecida em 1935, foi pioneira musicista, a primeira pianista chorona, autora da primeira marcha carnavalesca com letra e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.
Por meio dos estudos discursivos foucaultianos e partindo do acontecimento determinado pela popularização da música brasileira em Chiquinha Gonzaga, esta obra transita por quatro trajetos temáticos: corpo negro e corpo branco; corpo belo, recatado e do lar; corpo erótico; e corpo dançante.
“Os discursos produzidos acerca das mulheres nas obras de Chiquinha Gonzaga são atravessados por dispositivos de poder que levam à compreensão de que é regular a representação do feminino a partir dos poderes exercidos sobre o corpo das mulheres, advindos de saberes e instituições que as objetivam como belas, meninas faceiras, sinhás, morenas, mulatas, mulheres-fruto, mulheres-flor, morenas sacudidas, entre outras objetivações”, descreve a autora Eliane Tortola, professora do Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e que desenvolveu a pesquisa no Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física UEM/UEL.
“Por outro lado, as rupturas geradoras de discursos de resistência possibilitam a construção de experiências formativas e a reflexão das questões que envolvem o entendimento do que é ser mulher hoje e de como seu corpo foi e é objetivado em tempos históricos diferentes”, explica Eliane. Ela vai autografar o livro na sexta-feira (27), às 19 horas, no Restaurante Tabanka Africano, Zona 4. O preço de capa é R$ 55,00.
“Ação” de Florestan Fernandes
Outro livro, com o título “Militância de Florestan Fernandes em defesa da escola pública brasileira (1954-1964)”, com preço de R$ 45,00, trata da ação intelectual de Florestan Fernandes no campo educacional, no período de 1954 a 1964.
De autoria de Mário Borges Netto, professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), a publicação trata do período da militância de Florestan como intelectual em defesa da educação pública no contexto da elaboração e tramitação da LDB nº 4.024, de 1961. Esta lei fixou as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, definindo e regularizando o sistema de educação brasileiro com base nos princípios da Constituição, de forma a condenar qualquer tratamento desigual por motivo de convicção filosófica, política ou religiosa, além de qualquer preconceito de classe ou de raça.
Sociólogo de formação, um dos principais estudiosos da constituição da sociedade e do capitalismo brasileiro, legítimo intelectual orgânico dos grupos subalternos, Florestan Fernandes ficou marcado na historiografia da educação brasileira por seu envolvimento ativo e persistente na luta pela escolarização dos filhos da classe trabalhadora.
A realidade das pequenas cidades
Outra obra que está sendo lançada é “Portas e janelas fechadas: a violência e a insegurança em pequenas cidades”, ao preço de R$ 55,00. Escrito por Pedro Henrique Carnevalli Fernandes, professor da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), o livro parte da constatação de que as portas e janelas em pequenas cidades estão fechadas. “Trata-se de uma realidade aparentemente simples, mas muito expressiva para o tema com que este livro procurou contribuir. Em inúmeras pequenas localidades, as ocorrências de violência, inclusive os homicídios, são cada vez mais recorrentes, gerando uma insegurança objetiva”, detalha o autor. “Além disso, as portas e janelas fechadas também significam uma transformação nas relações de sociabilidade. Este livro buscou compreender a condição humana e social de vida a partir das suas contradições e dos processos de produção do espaço nas pequenas cidades. A concepção de que a cidade pequena é um local tranquilo e seguro para se viver precisa constantemente ser desmistificada e o exercício do pensamento teórico e metodológico da dialética liberdade/segurança alicerça essa desconstrução, o que demonstra a violência como uma das maiores contradições do modo de produção capitalista”, diz Fernandes.
Formação e inclusão
O quarto livro é “Povos indígenas, formação de professores e educação intercultural: diálogos com a lei nº 11.645/2008”, cujo lançamento ocorrerá em breve, em data a ser definida. Organizada em duas partes, esta Coletânea reúne pesquisadores das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, comprometidos com a socialização de experiências relacionadas à formação de professores e à inclusão da história e cultura indígenas na escola. Na primeira parte são feitas reflexões teórico-metodológicas que visam problematizar o papel da formação e a constituição de espaço pedagógico intencional para a promoção de uma educação intercultural voltada à educação do corpo e à identidade coletiva enraizada na ancestralidade indígena.
Na segunda parte são socializadas experiências formativas e práticas pedagógicas que problematizam a história dos povos indígenas na constituição do povo brasileiro, ao mesmo tempo que os conhecimentos que demandam da Lei 11.645/08 são tematizados, passando pela educação infantil, ensino fundamental, médio e superior. A coletânea é organizada pelos professores Beleni Saléte Grando e Jonathan Stroher e a pesquisadora Neide da Silva Campos, da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).
Mais de 600 títulos
Desde que foi criada, extraoficial, em 1992 e, oficialmente, em 2006, a Editora publicou mais de 600 obras, das quais em torno de 300 são comercializadas na Livraria da Eduem e outras são disponibilizadas para download gratuito em sua loja online, além de estarem acessíveis no Portal SciELO Livros. O setor tem como objetivo editorial promover a divulgação de trabalhos científicos, técnicos, didáticos, históricos e culturais de interesse de pesquisadores de instituições científicas do Brasil e do exterior, nos mais diversos campos do conhecimento.
A Livraria da Editora é responsável por comercializar livros publicados pela Eduem e outras editoras universitárias e encontra-se localizada no Bloco F-05, com atendimento diário, das 07h45 às 11h45 e das 13h30 às 17h30. Reitera-se que para compras realizadas presencialmente, aos valores de capa se aplicam 40% de desconto.
Além desse espaço de divulgação e comercialização das obras, regularmente, a Editora da UEM participa de feiras e eventos nacionais e internacionais. Essa participação ocorre por meio do envolvimento de funcionários da Eduem/Livraria e da Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU), da qual é afiliada.
A Editora se aprimora na obtenção de financiamentos para a publicação de livros e para a gestão de periódicos de modo a manter a regularidade e a qualidade do trabalho desenvolvido, sempre com apoio direto da Reitoria. Além do mais, também publica o periódico Acta Scientiarum, com editorias específicas a oito áreas do conhecimento. Outras informações podem ser obtidas na Livraria da Eduem ou pelo telefone (44) 3011-1363.
Fonte: ASC-UEM