Sob liderança do Diretório Central dos Estudantes (DCE), um grupo de alunos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) iniciou, nesta quarta-feira, 30, com uma reunião e debates, o segundo dia de ocupação da Reitoria com a proposta de só suspender a mobilização depois obtiverem garantias de que suas reivindicações – ou pelo menos parte delas – serão atendidas.
A mobilização dos estudantes, que culminou na ocupação da Reitoria a partir de terça-feira, 29, conta com apoio de vários professores, que participam das reuniões e apresentam suas críticas ao trabalho da gestão atual da UEM. Em vários pontos do prédio estão fixados cartazes e faixas com as reivindicações e críticas à gestão.
Na tarde da terça-feira os líderes da mobilização foram recebidos pela rice-reitora Gisele Mendes, mas os estudantes consideraram que ela não tem autonomia para atender às reivindicações.
UEM é contra ou a favor da LGU?
Citando o mato alto em praticamente todo o campus sede, banheiros sem portas, salas de aula sujas, focos de dengue e longas filas no Restaurante Universitário (RU), o grupo terá uma reunião nesta quarta-feira, às 16 horas, com o reitor Leandro Vanalli.
Além dos problemas físicos, que para os estudantes mostram uma universidade mal administrada pela atual gestão, os estudantes querem cobrar posicionamento do reitor com relação à Lei Geral das Universidades Públicas Estaduais do Paraná, a LGU, que, em tese, estabelece critérios para a gestão universitária. Segundo estudantes e professores, a LGU acaba com a autonomia das universidades paranaenses ao fixar parâmetros para o financiamento e a distribuição de recursos.
Os estudantes querem ouvir do reitor seu posicionamento, já que ele foi eleito tendo como principal proposta a não aceitação da LGU e hoje, segundo eles, é um dos seus grandes defensores.
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