Estreia de ‘Paixão Esquecida’ reúne personalidades e equipe do filme

Filme

Plateia acomodada no Teatro Marista, em Maringá (Crédito: Cristiano Martinez/OM)

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Do Grêmio de Esportes Maringá (GEM) campeão de 1977 à fundação da Sociedade Esportiva e Recreativa de Maringá (Serm), passando pelo lendário Grêmio sessentista e a história recente de Maringá Futebol Clube e Aruko Sports Brasil. Na telona, um filme passou. Literalmente falando.

O documentário “Paixão Esquecida: a história do futebol profissional de Maringá” repassa a memória do futebol profissional da Cidade Canção, desde os anos de 1940 até a atualidade. Tudo isso por meio de entrevistas com aqueles que fizeram e fazem o esporte acontecer pelos campos maringaenses: jogadores, dirigentes, torcedores, jornalistas, técnicos, entre outros.

É um filme com histórias para ficar na História (com “H” maiúsculo).

Na noite desta quarta-feira, 30 de agosto, essa produção rodada em Maringá, com locação externa no Estádio Regional Willie Davids, foi exibida em primeira mão no Teatro Marista. Sua narrativa é montada por imagens raras e depoimentos. Aberta ao público em geral, a sessão contou com a presença de muitos dos convidados que aparecem na tela.

“A gente vê o quão importante foi a participação da gente numa história tão bonita como essa. Quando se fala no futebol de Maringá, a gente tem aquele ano de 77 que foi memorável, e eu sinto muita emoção mesmo. Por ter sido uma pessoa, como falei ali [no filme], de ter nascido de família humilde, da roça, da lavoura, conheço todos os tipos de trabalho que você imaginar. E Deus me preparou para a minha vida”, diz um emocionado Bugrão, em conversa com a reportagem.

Ele deu seu depoimento para o filme dirigido por Miguel Fernando, em parceria com a pesquisa de Antonio Roberto De Paula, diretor do Museu Esportivo de Maringá (MEM), e de Ortílio Carlos Vieira, o Tilinho. “Eu fiquei muito feliz hoje [quarta-feira] de ter revisto essa história”, diz Bugrão, que recorda ter chegado a Maringá muito jovem, em 9 de fevereiro de 1975, para jogar nas categorias de base do alvinegro.

Mas, em apenas três meses, subiu para o profissional, dividindo a camisa 9 com o lendário Itamar Bellasalma. “E eu, com 17 anos, entrei no meio daquele pessoal todo com muita experiência. Pessoas que me aconselhavam muito”, diz Bugrão, que teve uma carreira de 20 anos no futebol, vestindo a camisa de clubes do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e na Argentina; hoje ele reside em Sarandi, cidade vizinha a Maringá.

Parte da equipe que trabalhou no filme (Crédito: Cristiano Martinez/OM)

Trajetória
O documentário exibido no Teatro Marista é resultado de um sonho de quatro anos atrás, envolvendo De Paula, Tilinho e Fernando. “Foi um trabalho muito bacana, porque a gente conseguiu fazer essa linha do tempo. O Tilinho é uma enciclopédia do futebol, e junto com ele a gente fez essa linha do tempo”, diz De Paula, em entrevista a O Maringá, referindo-se às datas traçadas durante a narrativa de “Paixão Esquecida”.

O jornalista também destaca as entrevistas feitas com dirigentes, ex-jogadores, treinadores, entre outros. “Foi um trabalho bem difícil, porque nós conseguimos trazer gente de fora”, citando Nivaldo Carneiro e Edgard Belisário, por exemplo.

O filme foi rodado em 2023, mas o trabalho de pesquisa da equipe demandou pelo menos um ano.

De Paula, Miguel Fernando e Tilinho (Crédito: Cristiano Martinez/OM)

Resultado
Com o documentário pronto e exibido, seu diretor/roteirista avalia que é uma grande alegria ver o resultado pronto. “A gente poder mostrar essa paixão que o maringaense tem [pelo futebol] por meio de imagens, vídeos raros e mais de 30 depoimentos de pessoas que foram testemunhas oculares. E o nosso papel, enquanto historiadores e pesquisadores, é embalar isso num produto que seja acessível para todos os públicos: da criança, do jovem à pessoa mais velha, e trazer emoção”, em conversa com a reportagem.

Durante o cerimonial da sessão, Miguel Fernando observou que, em Curitiba, personalidades têm visto Maringá como um polo de referência na produção cinematográfica. “É um trabalho muito árduo”, destacando a participação de toda uma equipe para transformar ideias em filmes como “Paixão Esquecida”.

Nesse sentido, o prefeito de Maringá Ulisses Maia parabenizou o projeto, principalmente porque perpetua a história. “Hoje ela [a história maringaense] ainda é oral”, frisando a importância de preservar a memória para as futuras gerações.

Inclusive, esse documentário estará disponível no canal do Maringá Histórica no YouTube.

Exposição no Teatro Marista (Crédito: Cristiano Martinez/OM)

Exposição
Além da sessão em primeira mão no Teatro Marista, ocorreu a abertura da exposição “Lembranças do Futebol Profissional de Maringá”, organizada por Antonio Roberto De Paula, Simone Labegalini e parceiros do Museu Esportivo de Maringá (MEM).

Segundo De Paula, a ideia era aproveitar o lançamento de “Paixão Esquecida” para fazer um “link” com a mostra. “Seria uma atração a mais. O que você está vendo aqui [exposição] é uma representação do futebol profissional de Maringá desde os anos 40”, dizendo que são cinco manequins com as camisas e 300 fotos.

Por enquanto, ainda não está definido o período de permanência da exposição no Teatro e tampouco os horários de visitação.

Mostra reúne uma pequena parte do acervo do MEM (Crédito: Cristiano Martinez/OM)

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