Na tarde da última terça-feira, 14, o cineasta José Padilha, presidente do Polo Cinematográfico do Paraná, esteve na sede do jornal O Maringá em que falou sobre a implementação do polo de audiovisual na cidade. Durante a reunião realizada no dia 30 de novembro, o Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual deliberou por ampliar os investimentos de R$ 473,2 milhões decididos na reunião de agosto para R$ 651,2 milhões.
Segundo informações, tal implementação prevê que R$ 269,8 sejam destinados a cotas regionais, é aqui que, o Polo de Cinema, a “Procinema”, o Governo do Estado do Paraná, o município de Maringá, e os produtores regionais se enquadram, podendo buscar recursos para as produções audiovisuais locais.
As articulações sempre foram no sentido de esclarecer o poderio econômico do audiovisual, considerada a 5ª maior indústria do país em geração de renda e riquezas, que o estado do Paraná é o 4º maior consumidor de produtos audiovisuais entre todos os estados da federação, e que Maringá e o Paraná necessitam aproveitar todos esses dados gerados pelo setor, para criar a indústria na cidade e atrair esses recursos que são extremamente importantes para a recuperação da economia pós pandemia.
No mundo todo, o cinema é responsável pela atração de bilhões de euros em turismo. A Nova Zelândia com o filme Senhor dos Anéis, a Inglaterra com Harry Potter, a França com Código Da Vinci são os expoentes mais visíveis e representativos. Segundo o cineasta José Padilha, a cada propaganda na TV ou ingresso de cinema, um percentual em dinheiro vai para o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). “O estado do Paraná é o sexto mercado consumidor de audiovisual do Brasil e corresponde por apenas 1,5% da produção nacional. Com a implementação, queremos destacar o trabalho local de produtores na cidade e levar a arte e o conhecimento para o mundo”, destaca.
Padilha ainda ressalta que o cinema proposto é a criação da indústria no Paraná que não existe, segundo ele, Maringá é a sede da Cinesystem, a terceira maior exibidora do Brasil. No entanto, a produção cinematográfica feita aqui na cidade, até então, produz três ou quatro pequenos filmes, de R$ 60 mil, subvencionados pela Prefeitura de Maringá, que depois de realizados, eram exibidos no Teatro Calil Haddad para 50 ou 60 pessoas.
“Queremos mudar essa perspectiva, de um cenário. Através do polo cinematográfico, vamos criar uma indústria de cinema que vai realizar, por estúdio, quatro ou cinco filmes por ano, com orçamentos de até R$ 10 milhões. E que vão gerar, ao longo dos anos, 10 mil empregos na cidade, além de ressaltar e divulgar o trabalho de produtores, atores aqui de Maringá e região”, acrescenta Padilha.
O Polo Cinematográfico do Paraná se reuniu recentemente com representantes do Governo do Estado e houve a sinalização da concessão de um terreno público para a sede do Polo, em Maringá.