A atuação das forças que compõem o Grupo de Gestão Integrada (GGI) nas noites de Maringá mostra que tanto comerciantes quanto pessoas comuns ainda insistem em descumprir as determinações dos decretos municipais e estaduais que restringem algumas atividades como meio de conter a transmissão do coronavírus. Em momento de aumento de contágios, hospitais lotados e falta de vagas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), os agentes do GGI encontram todas as noites bares lotados, gente sem máscara e festas clandestinas. Na noite passada, a equipe encontrou resistência e precisou reforço policial para fechar lanchonete que desobedecia os decretos restritivos.
Na noite desta sexta-feira, o grupo encontrou aglomeração na Rua Paranaguá, próxima ao campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e teve que dispersar as pessoas.
Na Avenida Alexandre Rasgulaeff, a equipe encontrou uma lanchonete aberta depois do início do horário do toque de recolher e pessoas nas mesas consumindo bebidas. Os donos do estabelecimento, bem como funcionários e mesmo os clientes se negaram a apresentar os documentos e ainda tentaram deixar o local durante a abordagem.
Os fiscais pediram reforço e imediatamente a Polícia Militar e a Guarda Municipal chegaram ao local. Resultado: a lanchonete foi interditada por 48 horas e multada em R$ 10 mil. E 12 pessoas foram multadas em R$ 1 mil por descumprimento ao toque de recolher.
Neste sábado e domingo o GGI volta a patrulhar a cidade e, a exemplo do que acontece todas as noites desde que foram editados os primeiros decretos restritivos, devem encontrar estabelecimentos e pessoas dispostos a não colaborar para a redução na transmissão do coronavírus.
O Grupo de Gestão Integrada conta com forças da Guarda Municipal, polícias Militar, Civil, Ambiental, Rodoviária Estadual e Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, SAMU, Vigilância Sanitária e secretarias municipais de Saúde, Fazenda, Mobilidade Urbana e Meio Ambiente.
Agora é com o MP
Desde a semana passada, todos os casos de flagrante feitos pelo GGI viraram notificações que estão sendo encaminhados ao Ministério Público e podem virar processos na Justiça.
As penas para desobediência a medidas de retrição durante uma pandemia podem ser de até um ano de cadeia, mas podem também ser revertidas em multas ou prestação de serviços à comunidade.