Grupo Batucar proporciona noite de percussão, sensações e sons experimentais em Maringá

Apresentação desta segunda-feira, 3, no Teatro Barracão (Crédito: Cristiano Martinez)

Jornais velhos, pneus, garrafas de vidro, caixas de madeira, canos de PVC e até chinelo de dedo. Tudo o que você imaginar pode virar um instrumento musical. Aliado à tecnologia e reaproveitando materiais recicláveis, o Grupo Batucar estreou na noite desta segunda-feira, 3 novembro, o espetáculo “Ritornelo”.

A primeira sessão ocorreu no Teatro Barracão Paulo Mantovani, em Maringá. As próximas serão hoje, terça-feira, 4, no mesmo local. Confira os horários: 14h e 20h. Com entrada gratuita. Classificação: livre.

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Explorando ritmos percussivos, o Batucar proporcionou uma experiência sensorial e sonora para o público do Barracão. Por quase uma hora, o trio performático (cada um de uma cor, envolvidos numa vestimenta que deixava somente as mãos de fora) tirou sons de vários materiais, como, por exemplo, sacos de lixo. Isso mesmo. É possível captar a sonoridade dos movimentos desse utensílio. Assim como de jornais folheados, pneus batucados, caixas arrastadas, entre outros.

Segundo informações, a proposta da montagem é transformar materiais recicláveis em instrumentos de percussão e, a partir deles, criar ritmos e melodias que convidam o público a ouvir o mundo de outro jeito.

Na música, “ritornelo” é um símbolo formado por dois pontos antes de uma barra vertical, utilizado para indicar que um trecho da partitura deve ser repetido. A intenção desse nome para o projeto também é remeter à ideia de retorno: aquilo que antes era descartado como lixo ganha nova vida ao ser transformado em instrumento musical.

Assim, garrafas, sacos plásticos, canos pvcs, entre outros materiais recolhidos, são transformados em instrumentos percussivos não convencionais que convidam o público a ouvir de outro jeito.

“Durante a pesquisa, recolhemos objetos encontrados e descartados pela cidade. Isso, inclusive, atravessou a minha forma de olhar para a cidade. Apesar de a reciclagem não ser o mote principal, acabou se tornando, porque o meu olhar em busca de novos instrumentos foi meio contaminado por isso. E caramba, quanto lixo, hein!”, comenta o diretor e músico, Fernando Ponce, via assessoria. “A partir da experimentação e da combinação de timbres, ritmos, corpo e melodia, a gente foi estruturando o espetáculo”, explica.

Foi assim que criaram o “xinelofone”, um instrumento feito de canos pvcs cortados em alturas diferentes e tocados com chinelos, em vez de baquetas. O nome escrito com x é uma menção ao xilofone, instrumento de teclas e madeira.

Crédito: Cristiano Martinez

Projeto
Projeto aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Paraná, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, Ministério da Cultura – Governo Federal.

Ficha Técnica
Realização: Grupo Batucar
Direção: Fernando Ponce
Músicos: Ana Moraes, Fernando Ponce e Nadji Ayel
Produção: Leonardo Fabiano
Figurinos: VCamp Ateliê
Cenário e Instrumentos: Fernando Ponce e Leonardo Fabiano
Designer Gráfico: Sidnei Puziol
Iluminação: Leonardo Fabiano
Fotografia: Ana Rodes e Esther Hall
Assessoria de Imprensa: 2 Coelhos Comunicação e Cultura
Vídeo: Felipe Halison e Luiz Carlos Locatelli
Acessibilidade: Cia Forféu

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