A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria da Assistência Social e Cidadania há 15 anos tem trabalhado com o Programa Portal da Inclusão, um projeto que ajuda pessoas em situação de rua serem reintegrados na sociedade. De acordo com o diretor da unidade, Adauto da Silveira, a ação visa incluir as pessoas que estão na unidade a conseguirem empregabilidade ou desenvolverem alguma outra atividade no qual possam gerar renda.
“A convivência é coletiva, estamos trabalhando com essa proposta há 15 anos e hoje estamos com 12 pessoas morando na entidade. Essa convivência é fruto de uma série de trabalhos anteriores”, conta.
O Portal da Inclusão é uma entidade de acolhimento a adultos do sexo masculino a partir de 18 anos, em situação de rua e desabrigo por abandono, migração e ausência de residência, sem condições de autossustentação. Silveira ressalta que o objetivo do programa vai além da proteção do usuário, que propõe a inclusão dos indivíduos no mercado de trabalho e reinserção social, visando à emancipação e independência.
“Os moradores têm, na medida do possível, se socializado e procurado cumprir as regras da casa e escolarização. Nossa dificuldade maior é conseguir inserir os ex-moradores de rua no mercado de trabalho. Por isso é importante que empresários da cidade nos auxiliem, oferecendo trabalhos informais. Oferecemos a supervisão dos educadores sociais na realização das atividades, para garantir uma boa execução do serviço”, conclui.
O programa oferece oficinas e cursos técnicos durante o dia e no período noturno os abrigados vão para a escola. De acordo com o diretor do Portal da Inclusão, uma das propostas é trabalhar quatro elementos existentes na sociedade, chamados de dimensão afetiva, social, técnica e intelectual e política. “O trabalho tem sido muito produtivo e os abrigados têm reconhecido os benefícios proporcionados”, aponta.
Em todos esses anos, o programa é útil para possibilitar a inclusão social de muitas pessoas que permanecem em Maringá sem trabalho e sem condições econômicas por períodos curtos e longos. “Os usuários têm acesso a cursos de capacitação profissional e serão oferecidos por parcerias entre o município e outras instituições. Assim, não precisam, necessariamente, retornar para as cidades de origem. E, se retornarem, terão condições para permanecerem lá”, ressalta.