Instituições de Maringá se únem no Junho violeta para conscientização e combate à violência contra os idosos

Junho violeta combate a violência contra os idosos

Os internos do Lar dos Velhinhos foram fotografados enquanto recebiam atendimento estético Foto: Núcleo dos Fotógrafos

A Campanha do Junho Violeta, que alerta para a conscientização e combate à violência contra os idosos, já está acontecendo em Maringá desde domingo, 2, numa iniciativa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Maringá), por meio da Comissão de Direito da Pessoa Idosa, com apoio da Sicredi, Prefeitura Municipal, Conselho Municipal de Direitos da Pessoa Idosa (CMDPI), Shopping Avenida Center e Núcleo de Home Care e Cuidadoria.

 

No lançamento da campanha, domingo, no Shopping Avenida Center, houve apresentação de corais da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) e da Sicredi, além da distribuição de folders informativos sobre os tipos de violência e os canais de denúncia.

 

O dia 15 de junho marca o Dia Mundial da Conscientização da Violência conta a Pessoa Idosa. O Junho Violeta foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) e alerta para conscientização e combate a atos de violência contra os idosos. O objetivo da campanha é despertar a sociedade como um todo no processo de sensibilização para coibir, diminuir e amenizar o sofrimento da pessoa idosa contra a violência que essa população vem sofrendo, em especial neste período de pandemia e isolamento social.

 

33,6 mil violações em cinco meses

 

Dados do Disque 100 revelam que, só no primeiro semestre deste ano, mais de 33,6 mil casos de violações de direitos humanos foram registrados contra o idoso no país. Em 2020, o total de fichas de notificação de violência interpessoal notificados no Distrito Federal é de 2.763 e destas, 94 (3,4%) são relativas a pessoas idosas (44,7% de 60 a 69 anos; 27,7% de 70 a 79 anos e 27,7% de 80 e mais anos de idade).

Os casos suspeitos ou confirmados de violência contra a pessoa idosa são objetos de notificação compulsória pelos profissionais de saúde pública ou privada em todo o território nacional. Fazendo parte do cuidado integral, o encaminhamento destas pessoas idosas em situação de violência para os órgãos responsáveis pela proteção e responsabilização: Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin) e Central Judicial do Idoso.

Durante todo o mês de junho, uma exposição de trabalhos manuais feitos por pessoas idosas atendidas nos serviços de convivência e fortalecimento de vínculos estará disponível no Shopping Avenida Center, reforçando a importância do respeito e cuidado com os idosos.

 

Tarde de cuidados no Lar dos Velhinhos

 

Dando continuidade às ações do Junho Violeta, na segunda-feira, 3, a Comissão de Direito da Pessoa Idosa da OAB Maringá, em parceria com os Núcleos de Home Care, de Fotógrafos e de Salões de Beleza da Associação Comercial, realizou uma tarde de autocuidado e intergeracionalidade no Lar dos Velhinhos de Maringá.

Os núcleos de Fotógrafos e de Autocuidados trabalharam para levantar a autoestima dos idosos do Lar dos Velhinhos Foto: Núcleo dos Fotógrafos

A tarde especial incluiu cortes de cabelo, maquiagem e uma sessão de fotos, proporcionando momentos de carinho e respeito aos idosos.

 

Essas ações refletem o compromisso da OAB Maringá e da Associação Comercial e das demais entidades parceiras em combater a violência contra os idosos e promover a conscientização sobre a importância de cuidar e valorizar a terceira idade. A Campanha Junho Violeta segue com suas atividades, destacando a necessidade de proteção e dignidade para as pessoas idosas em nossa sociedade.

 

 

O Brasil está envelhecendo

 

O Brasil está envelhecendo. Cerca de 30 milhões de brasileiros têm 60 anos ou mais – 14% da população total do País em 2020. Projeções apontam que, em 2030, o número de pessoas idosas superará o de crianças e adolescentes até 14 anos. Em 2050, os idosos deverão representar cerca de 30% da população brasileira; enquanto as crianças e os adolescentes, 14%. Os dados são do Boletim Temático da Biblioteca do Ministério da Saúde. Com as pessoas mais velhas, o poder público precisa criar mecanismo para garantir um envelhecimento saudável e digno para a população.

 

 

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