Conhecido pela língua afiada e por ser o mais bolsonarista de todos os bolsonaristas do Paraná, o deputado estadual José Aparecido Jacovós junta a fome com a vontade de comer quando alguém pergunta se ele será candidato a prefeito de Maringá: o seu partido, o PL, quer candidatura própria e acha que o candidato deve ser ele. Ele também acha.
“Se o PL quer, estou pronto, como cidadão que chegou aqui ainda menino, vi a cidade crescer e sei o que está certo e o que precisa ser feito, tenho projetos para as principais áreas, todos visando a melhora da qualidade de vida do cidadão maringaense”, diz Jacovós.
Delegado da Polícia Civil, Jacovós diz que tem sua atenção voltada para o setor de segurança pública, área que ele enxerga como uma das mais deficientes, tanto em Maringá quanto em outras cidades de igual porte no Paraná. “Tenho sido o parlamentar que mais viaturas de polícia distribuiu no Paraná, o secretário de Segurança e o governador Ratinho Júnior são testemunhas do quanto eu os perturbo para que o efetivo das polícias Civil e Militar sejam aumentados. Uma de nossas brigas – não só minha, é claro – é pela instalação do 32º Batalhão da PM em Sarandi e vemos que o que é cobrado está virando realidade”.
Segundo o pré-candidato do PL, com o novo batalhão haverá também maior efetivo, mais viaturas e outros equipamentos para a região, a nova unidade vai atender municípios da Região Metropolitana e o 4º BPM, que hoje atende a uma região com mais de 700 mil moradores, vai poder dedicar-se mais a Maringá.
Guarda Municipal é polícia e precisa agir como polícia
Com sua atenção à segurança pública, Jacovós tem críticas à administração do prefeito Ulisses Maia por não estar colocando a Guarda Civil Municipal mais voltada para o combate à criminalidade. “Quando a Constituição diz que segurança é dever do Estado, na verdade está dizendo que é dever de quem administra, tanto a esfera federal, quando a estadual e também a municipal. O Supremo [Tribunal Federal] decidiu recentemente que as guardas municipais fazem parte do contexto da segurança pública”.
Segundo ele, a Guarda Municipal de Maringá tem treinamento e armas para fazer o serviço de segurança e se não o fizer não tem razão para existir.
População de rua precisa atenção especial
Um dos problemas que os municípios do porte de Maringá enfrentam nos últimos anos é o crescimento da população de rua, com destaque para a grande quantidade de dependentes químicos e de praticantes de pequenos furtos para sustentarem o vício.
O pré-candidato Delegado Jacovós diz ter solução para este problema no âmbito da cidade. “O quadrilátero central de Maringá está virando uma grande cracolândia, com gente dormindo debaixo de marquises, na frente de lojas, de bancos, as pessoas evitam transitar a noite no centro e em vários pontos acontecem pequenos furtos e até assaltos para tomar celulares, bolsas. Essas pessoas estão doentes e precisam ser tratadas como tal. Primeiro é preciso definir um local para elas para que não fiquem dormindo e fazendo suas necessidades filiológicas nas áreas de comércio e serviço, segundo, é preciso que seja ofertado a elas o tratamento para que possam, se quiserem, sair dessa situação ou pelo menos viver de modo mais digno. Se elas deixarem de ser problema para elas próprias, deixam de ser problema também para os outros.
Maringá e a região
O Delegado Jacovós, que cresceu no bairro do antigo Aeroporto (Setor 8), foi entregador de jornal, torneiro, soldador e policial, acha que pode contribuir mais com Maringá se for prefeito. “Estou na política há muitos anos, me preparei para ser deputado e hoje consigo fazer aquilo a que me propus. Agora estou me preparando para ser prefeito e se a população concordar com o plano de trabalho que prendo apresentar, sei que posso ser um bom prefeito porque sei como resolver muitos dos atuais problemas da cidade. E com o conhecimento que tenho da região, acho que tanto Maringá quanto os municípios vizinhos poderão ser beneficiados com meu projeto de governo”.