Janeiro é mês das cores branco e roxo na conscientização do mental e da hanseníase

Mês é marcado pelos cuidados com a saúde mental e emocional (Crédito: Ilustrativa/Freepik)

Com a entrada de um novo ano, as cores voltam a predominar durante os 12 meses. Mas por um motivo especial, que é de chamar atenção na prevenção de doenças e situações envolvendo a saúde. Azul, rosa, vermelho, verde, branco, roxo, laranja… cada período pode ser pintado por um ou mais tons de alerta.

Logo de cara, janeiro tem duas cores: branco e roxo. No caso do primeiro, trata-se de campanha para conscientizar sobre a saúde mental e emocional da população a partir da prevenção de doenças decorrentes do estresse, como ansiedade, depressão e pânico.

A escolha de janeiro se deve, também, a uma estratégia de chamar a atenção sobre sentimentos de frustração que podem ocorrer ao se constatar que alguns desafios a que as pessoas se propuseram no ano anterior não foram vencidos

A cada ano, cerca de 1 mil crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos cometem suicídio no Brasil. Os dados foram levantados pela Sociedade Brasileira de Pediatria e publicados originalmente pela Agência Brasil, baseados em registros do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.

Já o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) destaca que um dos primeiros passos para cuidar da saúde mental é ter cautela com as expectativas. É importante estabelecer metas tangíveis, com prazos mais curtos, ou metas divididas em etapas. Também não é necessário esperar uma época específica, como dezembro ou janeiro, para traçar planos ou avaliar o percurso.

O instituto alerta ainda que ter uma atitude de autocobrança exagerada nesta época do ano pode dificultar o reconhecimento dos esforços e conquistas ao longo dos meses subsequentes. “O ideal é que o exercício de auto-observação seja cotidiano e realizado com generosidade e auto-acolhimento”.

Maringá
Em Maringá, a Secretaria de Saúde oferece uma rede de atendimento especializado para o tratamento da saúde mental para a população, com psicólogos nas 34 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade. Além de quatro Centros de Atenção Psicossocial (Caps) destinados para atender de forma integral e contínua pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, ou provocados pelo uso abusivo de álcool e outras drogas.

Confira as informações sobre os Caps e atendimento psicológico:

Roxo
O primeiro mês do ano também é dedicado ao Janeiro Roxo, que é de ação na prevenção e tratamento à hanseníase – anteriormente conhecida como lepra.

Reprodução: Ilustrativa/Ag. Brasil

Entre janeiro e novembro de 2023, o Brasil diagnosticou ao menos 19.219 novos casos de hanseníase. Mesmo que preliminar, o resultado já é 5% superior ao total de notificações registradas no mesmo período de 2022.

Considerada uma das mais antigas doenças a afligir o ser humano, a hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa que atinge a pele, mucosas e o sistema nervoso periférico, ou seja, nervos e gânglios. Embora tenha cura, pode causar lesões e danos neurais irreversíveis se não for diagnosticada a tempo e tratada de forma adequada.

Entre os sinais e sintomas mais frequentes estão o aparecimento de manchas, que podem ser brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas, e/ou áreas da pele com alteração da sensibilidade e o comprometimento dos nervos periféricos, geralmente com engrossamento da pele, associado a alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas.

Também podem ser indícios da doença o surgimento de áreas com diminuição dos pelos e do suor; sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés; diminuição ou perda da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés, bem como a ocorrência de caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.

A maioria das pessoas expostas à bactéria Mycobacterium leprae não desenvolve a doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, a hanseníase é identificada por meio de exame físico geral, dermatológico e neurológico. Realizado com o uso de medicamentos antimicrobianos, o tratamento é feito gratuitamente, no Sistema Único de Saúde (SUS), não exigindo internação. A duração do tratamento varia conforme a forma clínica da doença.

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