O início de 2025 e também o final do ano passado foram marcados por muito calor e muita chuva, inclusive com recorde em janeiro. Esse é apenas um dos fatores que contribuíram para que a cidade ficasse tomada por grama e mato alto. O Secretário de Limpeza Urbana e Infraestrutura, Vagner Mussio, explicou os diversos desafios que a gestão está tendo que enfrentar nesses pouco mais de dois meses e destacou que a cidade é um canteiro em que o mato cresce por igual. “Quando nós entramos em janeiro na prefeitura não haviam licitações prontas e a empresa terceirizada não tinha começado a trabalhar na cidade. Já iniciando no período de chuva a UEM constatou que, de janeiro de 1976 a janeiro deste ano a maior média de chuva foi agora com 226 milímetros”.
Segundo explica Mussio, a roçada tem uma sequência de até três cortes para o começo do controle, porém, com o início das aulas, houve uma priorização de serviços nas escolas e também de Centros Esportivos e UBS, aliado com problemas com uma empresa contratada. “O mato já havia crescido em todos os pontos, as aulas começando, além da empresa terceirizada que faz nas escolas que não deu conta do recado”, salienta. Para suprir à grande demanda, o setor teve que buscar os funcionários públicos para ajudar nesses espaços. “Havia Unidade Básica de saúde com três metros de mato dentro da unidade, então isso aí é impossível. Mais de 30 unidades e você leva três, quatro dias para fazer cada unidade”, esclarece.

“Eu sei que para o contribuinte é muito chato. Imagine eu andar da minha casa, primeira avenida, mato alto, a segunda, mais mato alto, então isso pra gente é frustrante. Nós chegamos a ter em 2014, quando eu saí da prefeitura, 120 homens na roçada, hoje eu tenho efetivamente 16 homens, muito pouco. Tanto que há um mês atrás, nós fizemos um mutirão. Pegamos todos os auxiliares gerais da arborização, do Cemitério Municipal e fizemos um grupo maior e começamos a fazer a roçada até que entrasse a empresa terceirizada”, explana o secretário.
Porém, quando a empresa começou a trabalhar, Mussio disse que os contratados tomaram um susto quando viram os canteiros centrais e não conseguiam render para amenizar o mato alto. “É uma junção de fatores que vão acontecendo que você não consegue ter o controle total na mão. Hoje já está bem amenizado, mas faltam alguns pontos. No Contorno Sul, são 24 km de roçada, e normalmente ela é feita, geralmente somente na margem da rodovia como o DER faz. Nós não, nós entramos fazendo a roçada mesmo, no São Silvestre, por exemplo se olhar lá tem 50 metros de marginais todas roçadas, limpas. É um trabalho maior, minucioso”, comenta.

EMERGENCIAL
Dentro de 15 dias a prefeitura vai buscar uma solução emergencial e uma nova empresa deve ser contratada para o trabalho mais ‘pesado’, já que a equipe terceirizada atual não se adaptou e teve que ser remanejada para o serviço ‘mais leve’, correndo o risco de ser desclassificada.
CONTRATAÇÕES PARA A PREFEITURA
O secretário informou que serão contratados, cerca de 140 pessoas para diversos setores: pavimentação, oficina, fábrica de artefatos de cimento, roçada, entre outros, amenizando a situação e demandas do município.
PODAS E CORTE DE ÁRVORES
Está sendo realizado um edital para a contratação de uma empresa em que utilizará equipamentos que verificam por meio de Raio-X, a verificação do estado de cada planta e se existe a necessidade de corte. “Aqui perto em Sarandi tem uma empresa que utiliza esse tipo de tecnologia, vamos convidar para fazer uma demonstração para vermos como funciona os equipamentos deles”, comenta Mussio. Enquanto isso a secretaria trouxe uma nova forma de trabalho para customizar o tempo e poder atender mais pessoas que necessitam retirar árvores com risco de queda de frente com suas residências e comércios. “Hoje nós fazemos um levantamento naquela rua e região em que vamos retirar uma árvore. Eu preciso usar a logística, o tempo, a capacidade de pessoas que eu tenho o máximo possível. Então não importa se eu estou retirando uma árvore com pedido há cinco anos, se tiver outro pedido de um ano a 50 metros eu vou fazer, não existe lógica para eu sair daquele local”.
O Secretário de Limpeza Urbana e Infraestrutura, Vagner Mussio, esteve em nosso estúdio, esclarecendo sobre o assunto, veja na íntegra!