Mãe e filha suspeitas de torturar idosos em asilo são denunciadas pelo MP

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O asilo foi interditado pela Justiça desde que surgiram as primeiras denúncias

A empresária Sandra Kaminski e sua filha Larissa Kaminki, proprietárias da Clínica Renascer Serviços e Cuidados ao Idoso, foram denunciadas nesta sexta-feira, 20, pelo Ministério Público do Paraná, por meio da 14ª. Promotoria de Justiça de Maringá, pelo crime de tortura seguida de morte. O MPPR cita nos autos duas vítimas, que teriam morrido em decorrência de abusos praticados na instituição de longa permanência de idosos dirigida pelas duas.

Na denúncia, são descritas diversas situações de violência física, verbal e psicológica que teriam sido impingidas pelas mulheres aos dois idosos. No caso do primeiro, de 91 anos, o MPPR sustenta que “na data de 5 de julho de 2021, o idoso […] havia sido dopado com medicamentos pelas denunciadas, sofrendo uma queda que resultou na fratura de seu fêmur e, posteriormente, sua morte. No hospital foi constatado que sua higiene pessoal era muito precária, sendo apurado de quadro de infecção urinária e sangue na urina.”

No outro fato, relacionado ao advogado Alaor Gregório de Oliveira, de 77 anos, que morreu no dia 12, é relatado por testemunhas que, por ter sido advogado, as denunciadas diziam que ele estaria agora “pagando os pecados” por ter “ajudado muitos bandidos a saírem da cadeia”.

Ainda conforme os autos, ele ingressou na instituição sem escaras pelo corpo, “o que demonstra que as referidas lesões derivaram de sua submissão, mediante violência, a intenso sofrimento físico e mental pelas denunciadas como forma de aplicação de castigo por ter sido advogado e por supostos males que cometeu em vida, causando-lhe sua morte por sepse, úlcera de pele e pneumonia secretiva”.

Dentre as violências destacadas na denúncia, foi apontado o uso de água sanitária nas feridas de pele e mesmo socos e empurrões quando do banho da vítima.

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