GUARDADORES DA HISTÓRIA
Maringá Histórica, na palma de sua mão um museu que conta a história de Maringá
Um dos pioneiros no Brasil no uso da Internet como instrumento de preservação e divulgação da história, o site “Maringá Histórica” está há 13 anos no ar e busca parcerias para viabilizar a postagem de vídeos profissionais de alguns pontos de referência na memória maringaense.
Embora esteja agora buscando se profissionalizar, o “Maringá Histórica” já conta com dezenas de amadores, mas com boa qualidade, outros com nível profissional, em que o próprio editor do site, historiador Miguel Fernando, fala de algum ponto da cidade, procurando destacar a importância do local no contexto histórico.
“Quando comecei a produzir vídeos era simplesmente uma narração com a adição de imagens, mas as pessoas sugeriram que seria melhor se eu fosse ao local e mostrasse as particularidades que fazem com que tal local é histórico”, explica Miguel Fernando. “O resultado tem sido muito bom, vários vídeos viralizaram e sentimos que esta é uma boa forma de divulgar a história”.
Quando o site foi criado, as informações históricas se limitavam a algumas fotografias e uns poucos textos, mas a ideia conquistou parcerias de todos os lados. Pessoas passaram a enviar fotos que tinham guardadas, possibilitando a ampliação do acervo. Além disto, Miguel Fernando contou com uma boa parceria do setor de documentação histórica da prefeitura, parte da Secretaria da Cultura.
De lá para cá, a tecnologia permitiu a incrementação do Maringá Histórica. No momento com a entrada dos vídeos, mas na medida em que forem surgindo novas tecnologias, poderão ser aproveitadas pela plataforma.
O objetivo do historiador é aproveitar no “Maringá Histórica” tudo o que a tecnologia trouxer de agora em diante, como a possibilidade de consultar o site através de redes sociais, como o Facebook, Twitter, Instagram.
Diferente dos museus tradicionais, que estão em um local definido, e fixo, o “Maringá Histórica” tem a vantagem de poder ser acessado diretamente de casa e a qualquer hora. Tanto que boa parte dos acessos são feitos a partir de outros Estados e mesmo de outros países, possivelmente por pessoas que já viveram em Maringá.
Como um jovem que acabava de sair da escola na época em que criou o site, Miguel Fernando não fazia idéia da dimensão que seu projeto alcançaria. Hoje, já são mais de duas mil postagens, todas com imagens antigas, uma curta explicação do fato e dezenas de comentários. “O legal é que tornou-se uma plataforma coletiva, em que qualquer pessoa que tenha lá uma foto guardada por seus avós, pais e outros parentes, pode digitalizar a imagem e postar”, explica o historiador. “E um fato importante é que as pessoas gostam de comentar sobre coisas antigas e assim acabam trazendo à luz informações que a maioria ainda desconhecia”.