Maringá adia início do ensino presencial nas escolas municipais para 1° de março

Programado para retornar na última quinta-feira,(18), município informou a alteração devido ao aumento de contaminações do novo coronavírus

Maringá adia início do ensino presencial nas escolas municipais para 1° de março

PANDEMIA. Início das aulas presenciais da rede pública municipal de ensino serão retomadas no dia 1° de março. FOTO- Aldemir de Moraes/PMM

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Na última terça-feira (16) a Prefeitura de Maringá, por meio de uma reunião virtual, adiou a volta às aulas no modo presencial na rede municipal de ensino para o dia 1° de março. Segundo informações da Secretaria Municipal de Educação, (Seduc), o adiamento ocorreu devido ao aumento da pandemia da Covid-19 nos últimos dias. O atraso também é válido para as escolas que compraram vagas do município.

Em publicação nas redes sociais, o prefeito Ulisses Maia (PSD) disse que a decisão levou em consideração a taxa de ocupação hospitalar da cidade.

Por meio da Secretaria de Aceleração Econômica, Inovação, Turismo e Comunicação (Siacom), a Prefeitura de Maringá disse que a força de trabalho emergencial, composta pelo prefeito Ulisses Maia, pelo vice Edson Scabora e vários secretários e diretores, tomou várias decisões em reunião virtual realizada na noite da terça-feira (16). O adiamento da volta às aulas presenciais tinha sido divulgado com antecedência “por respeito aos diretores, professores, pais e alunos que estão na expectativa do retorno às atividades”, segundo a administração municipal.

De acordo com informações da educadora Ana Lúcia, apesar de preparados, o retorno das aulas neste momento não é favorável. “O retorno das aulas neste momento não é favorável, pois não temos material pedagógico (individual para uso dos alunos) da maneira escalonada, as equipes das escolas e Cmeis foram orientados com o plano de contingência, nesse plano tem as orientações do ministério da saúde que deve ser seguido inclusive o distanciamento dos alunos”, diz.

No plano, ela ressalta, foi formado em cada unidade uma equipe fiscalizadora local que fica responsável em conferir se a unidade está seguindo as normas corretas. “No Cmei esse grupo interno é composto por uma auxiliar operacional, uma cuidadora, uma auxiliar de creche, uma educadora, uma professora e um membro da equipe, podendo ser supervisora ou diretora da instituição. Já na escola municipal o grupo é composto por uma auxiliar operacional, uma educadora, dois professores e dois da equipe pedagógica”, pontua.

Apesar das aulas terem começado e continuado no ensino remoto, muitos alunos ainda preferem e sentem falta do ensino presencial, como é o caso do estudante Samuel Souza, 9, do 5°ano. Ele conta que estava muito feliz que as aulas voltariam presencialmente. “Eu tive muitas dificuldades no modo remoto, pois em casa é mais fácil para me distrair. Prefiro muito mais o presencial, era mais fácil para aprender e tinha os amigos, e eu gosto muito de estudar com os coleguinhas, espero que dê tudo certo para voltar como era antes.”

Como o estudante Samuel, muitos do ensino infantil fundamental foram prejudicados com a pandemia. Lucia ressalta que o ensino aprendizagem dos alunos de maneira remota é uma ajuda, mas o aluno em sala de aula tem outro rendimento, até porque as crianças em sala não têm distrações como tem em casa. “Por exemplo: TV, Rádio, cachorro, jogos e etc., em sala eles têm uma atenção maior e as explicações também são diferenciadas. As mídias ajudam e muito, mas os municípios não aderiram ao programa da aula Paraná, que ao meu ver foi um erro, pois as aulas que passam na TV são muito bem elaboradas por uma ferramenta mais acessível à população mais pobre”, diz.

EM SARANDI

Assim como em Maringá, várias escolas municipais da região enfrentam um problema parecido. O funcionário da Rede de Educação de Sarandi-PR, que trabalha em uma escola da periferia da cidade, Felipe Totoro, diz que o retorno das aulas suscita muitas questões. “Será que vai ter professor suficiente para cobrir essas turmas? Você precisa pensar em cada turma, mas dividido em duas, já que parte dos alunos vão ficar em sala de aula ou em casa e precisa ser atendido”, diz.

Na questão da formação para os profissionais da educação, o educador afirma que houveram oportunidades para o professor melhorar um pouco o conhecimento dele no uso de tecnologias de informação, mas tudo muito superficial. Houve também formação para equipe diretiva, mas sempre muito teórica.

“Mas nós temos que pontuar também o acesso e a disposição do país em usar essas mídias. De fato, os professores se reinventaram durante a pandemia. O problema é que nós também tivemos o caso do aluno que não tinha acesso às tecnologias de informação, ou que o acesso é limitado, nesses casos não houve aprendizagem.

Totoro ainda afirma que é preciso considerar que a equidade, hoje é um dos princípios que movem educação, eu ensino remoto Em vez dele promover essa igualdade dos alunos o formato EAD deixou mais nítido um abismo tanto cultural, entre aquelas crianças que conseguiram participar do processo de escolarização mesmo remotamente e aquelas crianças que ficaram alheias e simplesmente, do ponto de vista pedagógico, perderam o ano de 2020.

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