O secretário de Saúde de Maringá, Clóvis Augusto Melo, informou nesta quinta-feira, 15, que começa nesta sexta-feira, 16, a aplicação de fumacê em regiões da cidade onde a quantidade de focos de mosquito Aedes aegypti está fora de controle. Segundo ele, a Secretaria de Saúde foi contra o fumacê por considerar que a medida não é suficientemente eficaz e ainda prejudica o meio ambiente, porém a situação forçou alternativa.
Foram selecionadas 12 bairros, num total de 702 quadras para aplicação do inseticida. A seleção dos locais considera o número de casos confirmados e notificados da doença e o índice de infestação do 1º Lira. A ação é uma das frentes de trabalho do município, que também realiza mutirões e ações diárias para combate da doença.
Os pontos, definidos de forma estratégica, fazem parte das seguintes localidades: Parque Itaipu, Jardim Diamante, Jardim Piatã, Vila Operária, Jardim Dias, Jardim Oriental, Jardim Universitário, Jardim Alvorada I, Jardim Novo Oásis, Alvorada II Ampliação e Conjunto Residencial Branca Vieira e Conjunto Habitacional Requião. Clique aqui e confira o mapa com as ruas que serão atendidas em cada bairro..
Fumacê é medida extrema, explica secretário
A aplicação do fumacê ocorre em cinco ciclos, com um intervalo de retorno de três a cinco dias entre cada etapa. Isso significa que, se o carro do fumacê passar em determinado dia na sua rua, ele deve retornar em no mínimo três ou no máximo cinco dias, dependendo das condições climáticas, até completar cinco aplicações.
“O fumacê tem critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde para aplicação e trata-se de um veneno. Por isso, foram selecionadas apenas algumas ruas destes bairros. O inseticida é a última estratégia utilizada no combate à dengue e, infelizmente, chegamos neste momento em algumas áreas que apresentam maior incidência de casos da doença. Realizamos mutirões nestes locais e intensificamos os cuidados, mas o cenário segue critíco”, afirmou o secretário Clóvis Melo.
Para que o fumacê tenha resultados é necessário que a população adote algumas medidas durante a aplicação. Confira as respostas para algumas dúvidas comuns sobre o fumacê e a dengue:
Em quais dias e horários o fumacê é aplicado?
O fumacê é aplicado todos os dias da semana, inclusive nos fins de semana e feriados, em dois horários: entre 5h e 10h e 16h e 20h.
O que fazer quando o fumacê passar na minha rua?
No momento da aplicação, você precisa deixar as portas e janelas abertas. Se tiver aves, é necessário cobrir a gaiola ou colocá-las dentro da casa. Você também deve recolher os recipientes de água e comida dos animais de estimação. Os criadores de abelhas devem proteger as colméias antes da aplicação.
É importante ficar atento aos dias que o carro passa no seu bairro ou até mesmo ao barulho do veículo para adotar as medidas necessárias.
Em quanto tempo o fumacê se dissipa no ar?
O fumacê se dissipa rápido e em no máximo 3 horas não tem mais efeito ambiental. Após 3 horas da aplicação, você já pode descobrir a gaiola e colocar novamente os recipientes de água e comida dos animais de estimação.
Mesmo com a aplicação é preciso eliminar os focos de dengue?
Sim. O fumacê só elimina os mosquitos que estão voando e não afeta os ovos e larvas presentes na água parada. Dessa forma, a ação não diminui a necessidade de limpeza dos quintais e retirada de materiais, como vasos e pneus, propícios para a proliferação do mosquito transmissor.
Quais sintomas de dengue grave?
Nos casos de dengue, logo que a febre passa, a doença pode se agravar. Portanto, por volta do 3º ou 4º dia do início dos sintomas, é importante consultar novamente com o médico.
Caso o paciente apresente sinais de alarme (vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, desconforto respiratório, hepatomegalia dolorosa (aumento do fígado), sonolência ou irritabilidade excessiva, hipotermia, sangramento de mucosas, diminuição da sudorese ou ficar mais de 4 horas sem fazer xixi) deve procurar o serviço de saúde imediatamente.
É necessário utilizar repelente mesmo com dengue?
Sim. O repelente também deve ser utilizado por pessoas com dengue. O uso de repelentes nesse período afasta o risco de contaminação dos mosquitos para transmissão da dengue para outras pessoas.
Veja também