4º Lira foi realizado próximo do fim do ano e do início do período chuvoso, o que garante uma análise mais efetiva para adoção de medidas em 2025
O 4º Levantamento do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2024 revelou um índice de infestação predial de 2,3%, classificado como risco médio. Realizado entre 4 e 9 de novembro, o levantamento foi divulgado pela Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Saúde, nesta terça-feira, dia 10. A decisão de conduzir o último LIRAa do ano no final do calendário e próximo ao início do período chuvoso foi estratégica, permitindo uma análise mais precisa sobre a infestação do mosquito transmissor da dengue para o próximo ano (a apresentação completa está disponível em anexo).
Índices regionais e classificação de risco
O LIRAa divide Maringá em cinco regionais, e todas registraram índices superiores a 1%, configurando risco médio. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), índices abaixo de 1% indicam baixo risco, entre 1% e 3,9% são considerados médio risco, e acima de 4%, risco alto.
A secretária de Saúde, Karina Rissardo, destacou que a realização do levantamento em novembro – diferente de anos anteriores, quando era feito em setembro ou outubro – foi proposital. Segundo ela, a proximidade com o período chuvoso oferece uma visão mais clara sobre a situação do vetor, permitindo a adoção de medidas preventivas logo no início do próximo ano. Karina lembrou que, em 2024, o aumento de casos ocorreu já em fevereiro, antecipando-se em relação a outros períodos epidemiológicos.
Dados por região
Os índices de infestação nas regiões da cidade variaram entre 1,1% e 3,1%. A regional 1 apresentou o maior índice, com 3,1%, abrangendo as UBSs Parigot de Souza, Requião, Piatã, Pinheiros, Morangueira, Alvorada I e Alvorada III. Já a regional 4, composta pelas UBSs Zona 6, Zona 7 e Vila Esperança, teve o menor índice, com 1,1%.
Nos dados detalhados por Unidade Básica de Saúde (UBS), os maiores índices foram registrados na UBS Paraíso (4,70%), seguida pelas UBSs Céu Azul (4,65%) e São Silvestre (4,35%). Por outro lado, as menores taxas foram observadas na UBS Vila Esperança (1,11%), Zona 6 (0,80%) e Zona Sul (0,60%).
Principais focos do mosquito
O levantamento também identificou os criadouros predominantes do Aedes aegypti. Pequenos dispositivos móveis, como vasos de plantas, pratos, pingadeiras, recipientes de degelo de geladeiras e bebedouros, lideraram com 40,1% dos focos encontrados. Em segundo lugar, com 34,9%, estavam resíduos como recipientes plásticos, garrafas, latas, sucatas e entulhos de construção.
Essa análise detalhada evidencia a necessidade de intensificar ações preventivas, principalmente com o aumento das chuvas, para reduzir os riscos de proliferação do mosquito e, consequentemente, dos casos de dengue na cidade.