Os moradores de Maringá estão sendo convidados para uma manifestação contra o avanço da criminalidade na noite desta quarta-feira, 1º, na Travessa Jorge Amado, ao lado do Mercadão e do Mercadão Fratello, mesmo local em que no último domingo a garçonete Samantha Campana, de 23 anos, foi esfaqueada e morta por um ladrão que tentou tomar seu telefone celular.
Na oportunidade deverá ser feita uma homenagem a Samantha, mulher trans vinda de Cruzeiro do Oeste para tentar melhorar de vida em Maringá. Ela tinha trabalhado todo o dia, continuaria trabalhando até mais tarde e aproveitava sua hora de almoço para circular próximo ao seu local de trabalho, quando houve a tentativa de assalto que culminou em sua morte.
O indivíduo Natan Henrique Gomes Ananias, de 21 anos, identificado por câmeras de monitoramento como o homem que esfaqueou e matou Samantha, foi preso na noite desta terça-feira está à disposição da Justiça.
A manifestação, com início previsto para as 19h30, está sendo organizada pela Associação de Moradores da Zona 7, bairro campeão de ocorrências policiais devido à proximidade com o Centro, que está virando uma cracolândia, a grande quantidade de botecos na Rua Paranaguá e as muitas repúblicas, onde acontecem festas, nas proximidades do campus sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
O presidente da Associação de Moradores, José Augusto Machado, participou de uma reunião realizada terça-feira na sede do Sindicato dos Bancários para discutir e propor soluções para a questão da violência em Maringá, e revelou que os moradores estão preocupados também com o aumento de moradores de rua no bairro. Há grupos ‘morando’ na Vila Olímpica, em mocós que se formam em casas abandonadas, nos fundos do Supermercado Condor, até mesmo na calçada da Paróquia de Santa Maria Goretti. Muitos desses moradores de rua consomem drogas e cometem pequenos furtos para sustentar o vício, o que preocupa a população do bairro e os comerciantes.