O prefeito Ulisses Maia confirmou na manhã desta segunda-feira, 11, que o município não vai renovar o contrato com a Sanepar. De acordo com o prefeito, o contrato venceu em 2010 e desde então, um acordo judicial foi firmado com a companhia para a continuação da prestação de serviço do fornecimento de água e tratamento de esgoto. Apesar das tentativas da Sanepar, a prefeitura diz não concordar com a proposta e por isso não vai prorrogar o acordo.
Como argumento, a prefeitura alega que o valor da tarifa está alto. “Já tínhamos notificado a Sanepar em abril que iríamos assumir o serviço. O Supremo Tribunal Federal propôs uma audiência de conciliação e participamos em respeito ao Supremo, mas não concordamos com os termos. Vamos assumir o serviço e devemos contratar uma empresa para executar. Pode até ser a Sanepar, mas com uma tarifa mais em conta para a população”, afirmou Maia.
Segundo o prefeito, todos os anos, o lucro da Sanepar em Maringá é de R$ 100 milhões. Sobre a discussão, a Sanepar emitiu a seguinte nota:
“A Sanepar atende à população de Maringá desde 1980 com serviços que garantiram, ao longo desse período, que o município alcançasse um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país e o segundo melhor do Paraná. Graças aos investimentos realizados pela Companhia de Saneamento do Paraná, da ordem de R$ 1,9 bilhão, os moradores de Maringá são atendimentos com 100% de fornecimento de água tratada e 98% de rede coletora de esgoto com 100% de tratamento do material coletado.
Em Maringá a Sanepar possui uma rede de abastecimento de água com 2.629 quilômetros e 2.000 quilômetros de rede coletora de esgoto. Além dos investimentos já realizados, a Companhia tem recursos planejados que totalizam aproximadamente R$ 213 milhões para obras de ampliação e melhoria nos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário no período de 2022 a 2026.
A Companhia está discutindo no Supremo Tribunal Federal (STF) um novo acordo com o município de Maringá com nova audiência prevista para o próximo dia 5 de agosto quando será discutida a contraproposta feita pela administração municipal”.
Fonte: O Dia na Cidade