Câmara de Maringá rejeita instituição de feriado no Dia da Consciência Negra

Câmara de Maringá rejeita criação de feriado no dia da Consciência Negra

Painel da Câmara mostra como votou cada vereador Foto: Reprodução

O Projeto de Lei que pretendia criar feriado municipal em Maringá no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra e de Zumbi, foi rejeitado na Câmara Municipal de Maringá por 6 votos a 5 em votação realizada na sessão desta terça-feira, 11. Esta é a segunda vez que a Câmara de Maringá rejeita a criação de um feriado na data mais importante para a comunidade negra no Brasil.

Votaram pela aprovação os quatro autores do projeto, Belino Bravin (PSC), Adriano Bacurau (Rede), Ana Lucia Rodrigues (PDT) e Doutor Manoel Sobrinho (PL), além do petista Mário Verri. Foram contra os vereadores Alex Chaves (MDB), Altamir dos Santos (Podemos), Onivaldo Barris (União), Paulo Biazon (União), Rafael Roza (Pros) e Sidnei Telles (Avante). Faltaram à sessão Delegado Luiz Alves (Republicanos), Maninho (PDT) e Cris Lauer (PSC).

Representantes de entidades favoráveis e contrárias à criação do feriado lotaram o plenário da Câmara e muitas pessoas não puderam entrar após completada a ocupação.

Com a rejeição, Maringá deixa de acompanhar uma tendência que vem ocorrendo em todo o Brasil, que é instituir o feriado como reconhecimento à realidade do povo preto no Brasil. Mais de mil cidades já têm feriado no 20 de novembro, entre elas São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro.

O vereador Doutor Manoel, um dos autores, disse que um projeto semelhante será apresentado nos próximos anos e que a luta pela criação do feriado da Consciência Negra voltará enquanto ele for vereador.

 

Ninguém ouviu um soluçar de dor

Em reposta à decisão da maioria dos vereadores e de entidades que fizeram campanhas a favor da economia e contra o feriado, como a Associação Comercial de Maringá, o grupo de pessoas que não conseguiu entrar na Câmara entoou a canção “Canto das Três Raças”, composta pelo poeta Paulo César Pinheiro e Mauro Duarte, que tornou-se um dos maiores sucessos da carreira de Clara Nunes, gravada também por Elza Soares. Veja vídeo

Sair da versão mobile