Maringá tem 29,1% da população morando em apartamentos, aponta IBGE

Maringa vista aerea

Foto: Ilustrativa/Thiago Louzada

Clique aqui e receba notícias pelo WhatsApp

Clique aqui e receba as principais notícias do dia

Não é de hoje que Maringá se tornou uma cidade verticalizada. Ou seja, dominada por prédios na paisagem urbana. É um fenômeno que vem dos anos de 1980.

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 23 de fevereiro, a Cidade Canção é uma das cidades paranaenses com maior concentração de pessoas morando em apartamentos.

Em Maringá, o índice é de 29,1%, conforme o “Censo Demográfico 2022: Características dos domicílios – Resultados do universo”. Perde apenas para Curitiba (33,6%) e Londrina (29,6%). Depois, vem os municípios de São José dos Pinhais (23%) e Cascavel (21,4%). Dos 399 municípios paranaenses, 47 não possuem pessoas residindo em apartamentos.

A Cidade Canção tem 156.517 domicílios, sendo que 69,9% reside em casas e 29,1% em apartamentos.

Paraná
A porcentagem de pessoas que residem em casas no Paraná caiu nos últimos 12 anos, passando de 91,6% no Censo de 2010 para 84,3% no Censo de 2022. Apesar da queda, o Paraná permanece a ser o estado com mais pessoas que moram neste tipo de imóvel, a frente do Rio Grande do Sul, com 79,7%, e de Santa Catarina, com 77,2%.

De maneira geral, 13,2% da população do Paraná reside atualmente em apartamentos. A porcentagem é quase o dobro da que foi registrada pelo Censo de 2010 no Estado, quando a proporção deste tipo de imóvel representava 7,1% do total, o que confirma o processo de verticalização das moradias, seguindo uma tendência nacional.

De acordo com os critérios utilizados pelo IBGE, também são considerados na lista 2,3% de pessoas residentes em casas dentro de vilas ou condomínios fechados. Há ainda um residual de 0,09% de moradores vivendo em cômodos ou cortiços e de 0,02% em estruturas degradadas ou inacabadas, o que coloca o Paraná entre os estados com menor proporção deste tipo de domicílio no Brasil.

Brasil
Em 2022, havia no país 59,6 milhões de casas ocupadas, nas quais residiam 171,3 milhões de pessoas. Ou seja, a maioria da população (84,8%) morava nesse tipo de residência. O segundo tipo mais encontrado foi apartamento, categoria de domicílio na qual residiam 12,5% da população.

Os domicílios do tipo “casa de vila ou em condomínio”, que em 2010 abrigavam 1,6% das pessoas residentes no Brasil, passou a abrigar 2,4% em 2022. Dessa forma, em conjunto, os tipos “casa” e “casa de vila ou em condomínio” reuniam 87,2% da população.

O amplo predomínio das casas entre os tipos de domicílios já havia sido registrado nos Censo Demográficos anteriores, assim como a tendência de aumento da proporção de apartamentos: em 2000, 7,6% da população residia nesse tipo de domicílio, número que passou para 8,5% em 2010 até chegar aos 12,5% registrados em 2022.

Bruno Perez, analista da pesquisa, explica que esse aumento é expressivo e nacional, sendo registrado em todas as regiões do país, embora seja mais típico dos grandes centros urbanos. “Essa verticalização é uma resposta ao adensamento da população dos municípios, principalmente nas áreas de região metropolitana e nos centros das cidades maiores”, afirma.

Praia em Balneário Camboriú (SC), um dos três municípios com predomínio de moradores em apartamentos (Crédito: Prefeitura de Balneário Camboriú)

Predomínio em apenas três
Apesar de registrar uma expansão dos domicílios do tipo apartamento, o Censo Demográfico 2022 mostra que, dos 5.570 municípios brasileiros, em apenas três predominava essa modalidade. São exceções nacionais, mas com características peculiares e diferentes entre si. Um desses municípios é Santos (SP), o único da lista no Censo 2010, quando 57,8% da população morava em apartamentos. Esse percentual passou para 63,4% em 2022.

Já Balneário Camboriú (SC) segue uma lógica diferente. Com uma atividade mobiliária intensa nos últimos anos e sendo um destino turístico importante da região Sul, o município catarinense viu o percentual de moradores em apartamentos saltar de 48,9% para 57,2% do Censo 2010 para o Censo 2022. A cidade do litoral norte de Santa Catarina tem chamado a atenção pelo grande número arranha-céus construídos recentemente.

Completa a lista São Caetano do Sul (SP). O município, diz Bruno, tem uma área relativamente pequena, com população de porte médio e muito inserida na Região Metropolitana de São Paulo, estando consideravelmente próxima ao centro da capital.

Censo 2022
O “Censo Demográfico 2022: Características dos domicílios – Resultados do universo” traz informações referentes à forma de abastecimento de água, destino do lixo, tipo de esgotamento sanitário, existência de banheiro ou sanitário e existência de canalização de água, permitindo uma caracterização de elementos importantes dos domicílios e das condições de vida da população.

Os dados são disponibilizados para Brasil, grandes regiões, estados e municípios. As informações serão desagregadas também segundo a cor ou raça e os grupos de idade da população.

Clique aqui e receba notícias pelo WhatsApp

Clique aqui e receba as principais notícias do dia

Sair da versão mobile