Cada vez mais, cresce a ideia de que o mundo pode ser um lugar melhor quando nos conectamos a nós mesmos e à natureza. Este é o pensamento recorrente entre as dezenas de participantes do I Simpósio Nacional de Meditação Transcendental e Aromaterapia (I Sinameta), reunidos no campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM) na sexta-feira, 8, e sábado, 9 .
Para o realizador do evento e coordenador do projeto Terapias alternativas, vinculado ao Museu Dinâmico Interdisciplinar (MUDI/UEM), professor Celso Ivam Conegero, o mundo está passando por um processo de transformação muito rápida e o corpo e a mente humana não estão acompanhando o ritmo.
“Nós precisamos nos preparar, tanto o corpo como mente, para controlar e conter a ansiedade e todas as variadas formas de patologias físicas e mentais que afetam a nossa saúde mental e a nossa esperança no futuro”, afirmou Conegero, na abertura do evento.
O professor ressaltou a importância do simpósio com foco em terapias integrativas, que recebeu o amplo apoio da reitoria da universidade. “É um momento histórico e quero deixar registrado a parceria com a administração da UEM, com a professora e vice-reitora Gisele Mendes, com o reitor Leandro Vanalli, que sempre ofereceram respaldo ao MUDI e aos mais de 30 projetos de extensão, dentre eles Terapias alternativas, como ferramentas para o bem e para o desenvolvimento do bem-estar individual e coletivo”.
Em sua intervenção na abertura, a vice-reitora Gisele Mendes também exaltou a parceria com a gestão do MUDI e enfatizou a importância de eventos que nos lembrem que precisamos conter a correria do dia a dia. “A gente tem que parar um pouco, ter mais calma, porque no nosso dia a dia a gente vai tomando decisões e não tem tempo para se ouvir. Assim que a gente se recolhe, consegue formar melhores decisões, fazer as melhores falas”, pondera.
O I Sinameta é uma realização do MUDI e UEM, com o apoio da Aroma Luz, Associação Brasileira de Aromaterapia (Abraroma), Associação dos Amigos do MUDI (Amudi) e o projeto Meditação Transcendental da UEM.
Crescer em consciência no silêncio
Uma das palestrantes do I Sinameta, a psicóloga e professora da Meditação Transcendental, Maria Bernadete Paulo Ferreira de Cerna, e presidente da Associação Internacional de Meditação com sede na cidade de São Paulo, enfatizou a realização do simpósio, pouco comum quando se trata de qualidade de vida, busca de crescimento e consciência.
“Para crescer enquanto seres humanos, é preciso valorizar o silêncio do caminho. Nós vivemos num mundo tão tumultuado, num mundo tão movimentado e agitado que a gente não lembra que existe o silêncio dentro de nós, que ele é a base de tudo que nós fazemos aqui fora. É sobre isso que a gente quer falar para vocês”, destacou Maria Bernadete em sua intervenção na abertura.
Outro aspecto frisado pela palestrante foi a necessidade de nos lembrarmos do espírito fraternal que nos faz pertencer a uma comunidade. “Nós somos realmente todos os irmãos e temos que lembrar disso. Se a gente lembrar o intelecto, nós crescemos em consciência do quem somos”.
Terapias Integrativas
Entre os participantes, há várias pessoas que querem conhecer as técnicas e ferramentas das terapias integrativas ou aquelas que já atuam na área. É o caso de Luana Valéria Dornelas Mariano e Thais Rodrigues de Oliveira Mascie, que vivem em Maringá, têm formação em Reiki, técnica que foi desenvolvida há mais de 100 anos no Japão e busca restabelecer o equilíbrio ao considerar o ser humano em sua integralidade.
As duas buscam atualizar os conhecimentos sobre Meditação Transcendental e Aromaterapia e estavam empolgadas com a oportunidade de ver e ouvir especialistas sobre o que elas têm trabalhado nos últimos tempos.
Luana conta que começou a atuar através das plantas há uns cinco anos. “Sempre fui apaixonada pelas plantas, que sempre emanam uma energia maravilhosa. Depois que eu conheci o Reiki, foi um complemento, porque uniu a força das ervas com o redescobrimento da força interior que a gente tem”. Ela decidiu participar do simpósio para aprender mais sobre Aromaterapia e complementar sua atuação profissional.
Como mestre Reiki, Thais foi a responsável pela formação da parceria. Ela entende que hoje o mundo está muito carente dessa reconexão da nossa essência. “Eu acredito muito nas práticas integrativas, porque elas têm um diferencial a mais, que é o nosso reequilíbrio interno através da própria natureza”.
Para Thais, “a meditação em si faz uma reconexão, traz um equilíbrio e vai entrando no processo curativo através desse contexto que estava esquecido, que na verdade já existia, depois ele foi um pouco esquecido e agora com essa reconexão com a medicina convencional, cria-se um potencial de cura muito grande”.
Música, poesia e aromas
A abertura do evento contou com a apresentação do grupo musical Abaecatu, do MUDI/UEM, que uniu música e poesia. Outra ‘atração’ foram os aromas no auditório, levando aos dezenas de participantes uma amostra do que o evento se propõe.
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