Moradores do Santa Felicidade culpam prefeitura por abandono de centro de convivência

Santa Felicidade perde seu centro de convivência

Os moradores já fizeram vários protestos, usaram redes sociais, jornal, rádios, programas de TV, mas não conseguiram chamar a atenção da prefeitura Foto: Redes sociais

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O espaço que oferecia atividades culturais, entretenimento e cursos virou moradia de usuários de drogas e até as portas foram furtadas

 

Luiz de Carvalho

 

Moradores dos conjuntos habitacionais Santa Felicidade e João de Barro, na zona sul, dois dos bairros mais necessitados da presença do poder público em Maringá, já procuraram a Secretaria de Assistência Social (SAS), Gabinete do Prefeito, vereadores, já denunciaram por meio dos canais de TV e rádio, no entanto há cinco anos continuam sem o Centro de Convivência, que foi fechado, abandonado, teve fiação elétrica e tudo que estava em seu interior furtados ou quebrados, virou moradia de usuários de drogas e, por fim, foi parcialmente incendiado.

Ultimamente, dependentes químicos furtaram portas, janelas, grades de proteção e agora começaram a destruir o alambrado que cerca o imóvel. São peças de ferro, que acabam vendidas por valores ínfimos em ferros-velhos em troca de uns poucos reais para a compra de crack.

Colocaram fogo no interior do Centro de Convivência   Foto: Luiz de Carvalho

Segundo o líder comunitário Osmar Batista, o Jamaica, que há quase 25 anos dirige o Centro Cultural Jhamayka, o centro de convivência, na entrada do Santa Felicidade, era um dos orgulhos do bairro, pois oferecia uma série de atividades para crianças, idosos, donas de casas, inclusive cursos para que mulheres pudessem trabalhar em casa e ajudar no equilíbrio das contas da família.

Porém, de uma hora para outra, sem qualquer explicação, o ambiente parou de funcionar, depois fechou. Na mesma época, também deixaram de funcionar a escola do bairro, a Benedita Nathalia Lima, e um ginásio de esportes, que foi construído e nunca foi usado pela comunidade.

“Além do povo ficar sem um equipamento tão necessário, temos que levar em conta que isto aqui é dinheiro público, mas a gestão municipal parece não se interessar em cuidar do bem público”, diz Osmar Jamaica. “A prefeitura sabe que tudo aqui está sendo roubado, está sendo destruído, mas nenhuma providência foi tomada, nem para recuperar, nem para proteger o patrimônio”.

O interior do prédio é ocupado por lixo e destruição Foto: Luiz de Carvalho

 

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