O Motim – Festival de Literatura Popular será atração em Maringá, nos dias 15 e 16 de junho de 2024.
Produzido com verba de incentivo à cultura da Lei Municipal de Maringá nº 11200/2020 – Prêmio Aniceto Matti, o evento será na Vila Olímpica, a partir de 16h, com entrada grátis e acessibilidade em Libras.
“O Motim foi sonhado por muitas cabecinhas que vivem, mergulham e respiram a literatura, e não há nada melhor do que poder compartilhar ela com o mundo, no boca a boca, onde ela realmente acontece”, diz o perfil desse festival nas redes sociais.
Desse modo, trata-se de um projeto que celebra a literatura popular em sua essência, para além de ideias de cânone e que ficam na bolha. Enfim, manifestações da arte literária de origem popular e marginalizada.
Serão dois dias de bate-papo, oficinas, slam (o sempre esperado campeonato de poesia falada), shows, contação de história e feira de zines. Aliás, os zineiros, zineiras e zineires terão espaço para expor seu trabalho; entre em contato neste link: https://linktr.ee/motimfestival
Ou bio do evento: @motimfestival
Entre as atrações anunciadas até o momento, estão mestres de cerimônias. A MC Susy é conselheira de Cultura do Estado do Paraná, filósofa e produtora cultural. Compôs histórias sobre política, hip-hop, cultura e feminismo. É educadora social na Associação Indigenista de Maringá.
Já Larissa Soares é uma das organizadoras da Batalha da V.O. Moradora de Sarandi, é também a primeira secretária da inédita Associação de Hip-Hop de Maringá. Nascida em Franca (SP), de família com origem simples, “sempre sonhou em conquistar tudo aquilo que falavam que era impossível”.
Presença de Lyryca
E também Lyryca, que é multiartivista, psicóloga e agente da cultura Hip Hop pelo elemento MC. Cria do Grajaú, registra em composições o direito ao pertencimento indígena na cidade e suas percepções na relação com o mundo. Acompanhada de DJ Babu, Lyryca vai apresentar sua arte de um jeito único.
Inclusive, Elaine Campos é socióloga, pesquisadora, artista e mestra em Ciências Sociais pela UEM. Foi percussionista da saudosa banda Babulina, de 2008 a 2015, grupo musical que buscava no cancioneiro nacional a brasilidade negra pertencente ao chorinho e ao samba rock. Desde 2016, desenvolve trabalho solo como DJ, tendo como centralidade a musicalidade afrodiaspórica, resgatando a ancestralidade negra e suas identidades.
Oficina
Nos dois dias do Motim, das 17h às 19h, acontecerá a Oficina “Varal Teatral de Poesias”, voltada para o público infantojuvenil e ministrada pela atriz e escritora Carolina Damião.
A oficina explora práticas teatrais associadas à literatura popular por meio de atividades que englobam parlendas, cantigas, trava-línguas, rimas e exploração rítmica corporal e vocal voltadas para a escrita de poesias populares, tendo como resultado a construção e exposição de um varal de poesias.
A atividade é aberta ao público e não necessita inscrição prévia. Podem participar: crianças a partir de 7 anos, acompanhadas de um adulto responsável e demais pessoas interessadas.
Serão dois dias independentes, ou seja, duas oficinas, uma no sábado dia 15 e outra no domingo dia 16.
Contação de histórias
A contação de histórias fica por conta de Edna Aguiar, com a personagem Preta do Leite dando vida a alguns mitos/itãs da cultura Iorubá.
Edna é atriz, cantora, contadora de histórias, arte educadora popular, figurinista e diretora. Natural de Londrina, com passagem pelo Grupo Delta de teatro, trabalhou com diversos diretores e há 24 anos integra a Companhia Circo Branco, sob a direção de Romero de Andrade Lima.
Bate-papo
Segundo o festival, o bate-papo será sobre literatura popular paranaense, com a presença de Andrê Augusta Francisconi, a Trava da Fronteira, que é travesti, atriz, slammer, dramaturga e bacharela em Artes Cênicas pela Unespar-FAP.
E Evillin Andressa, a Evi Poeta, redatora e poeta, participa de Slams de Poesia desde 2015. Foi campeã do Slam Pé Vermelho de 2022, representando Maringá na etapa estadual da competição em Curitiba, publicou diversos zines e continua competindo.
Por sua vez, Dayhara Martins será a mediadora desse bate-papo. É mestranda em estudos literários com foco em horror, cria conteúdo para as redes sociais há mais de uma década e faz parte da organização do Motim.