No mundo pallets do Samuel, nada se perde, tudo se transforma. No mundo pallets do Samuel Gilbertoni, material que ia para o lixo ou que já estava no lixo vira trabalhos artísticos, peças de decoração ou utensílios de grande utilidade na casa. No mundo pallets do Samuel Gilbertoni Flórido, reaproveitar é divertido, artístico, criativo, sustentável. É despertar a consciência de responsabilidade com o planeta.
Na Expoingá 2023, diversos ambientes de grande fluxo de pessoas chamaram a atenção por apresentarem decoração diferenciada, bonita e extremamente simples. Eram obras de Samuel Flórido e sua mulher, a professora Elaine Rogéria da Costa Flórido, que quiseram contribuir para a realização do evento dando um pouco de sua arte. O casal ainda ministrou oficinas para ensinar crianças a aproveitar e fazer arte com materiais que iriam para o lixo.
Samuel e Elaine ficaram conhecidos ao apresentarem no Youtube vídeos em que ensinam de forma extremamente simples e com poucos equipamentos como transformar pallets, móveis velhos, caixas de madeira, MDF ou papelão em algo com alguma utilidade e bonito.
“Objetos que já foram úteis, perderam a utilidade e estão sendo jogados fora podem ganhar uma nova vida se mudarmos sua utilidade”, diz Samuel, Relações Públicas de um shopping de moda. Na verdade, ele sempre fez isso nas horas de folga, mas por puro hobby. “Sempre que conseguia alguns pedaços de madeira, fazia um banquinho, uma mesinha, um brinquedo, que servia para a casa ou doava para algum amigo”.
Para Samuel, reaproveitar é exercício de criatividade e sustentabilidade
Segundo o artista, tudo depende da maneira de se olhar um objeto. Tem gente que olha uma mesa com uma perna estragada e a vê sendo jogada no lixo. Outra pessoa pode ver o tampão da mesa sendo transformado em mesinhas para crianças, numa estante de parede, banquinhos, objetos de decoração. Assim, segundo Samuel Flórido, “exercitamos a criatividade e a habilidade manual quando tentamos dar vida nova a algum objetivo que esteja prestes a ir para o lixo”. Além de tudo, é divertido, é uma terapia, mas se a pessoa quiser, pode também fazer os objetos para vender e assim reforçar a renda familiar.
Gilberto Flórido sempre exercitou o reaproveitamento como hobby e isto acabou envolvendo também sua mulher, Elaine, e os dois filhos do casal. Mas, houve um momento que isso deixou de ser hobby para virar meio de vida.
Foi durante a pandemia do novo coronavírus, quando o shopping de moda em que era Relações Públicas enfrentou dificuldades e teve que demitir quase toda a equipe, principalmente o Relações Públicas. Sem fonte de renda, mas com talento, Samuel Flórido começou a fazer peças para vender. “Somos uma família, com filhos, não dava para ficar sem uma renda. E isto eu podia fazer em casa e sem necessidade de investir em equipamentos caros ou mesmo matéria-prima”.
Assim, pallets, madeiras de demolição, móveis jogados fora se transformaram em móveis e objetos de decoração e ajudaram os Flórido a atravessar o período sombrio da pandemia e desemprego. Quando a vacina ajudou o mundo a atravessar a pandemia, Samuel foi novamente chamado para sua verdadeira profissão, a de relações públicas de shopping atacadista da moda, mas continuou seu mundo pallet, só que agora sem precisar ganhar dinheiro com isso. O que antes era hobby e por um tempo foi profissão, voltou a ser hobby e hoje Samuel e Elaine ensinam no Youtube, de forma didática, como crianças e adultos também podem fazer arte com o que ia ser lixo. Para conhecer o canal, é só clicar Mundo Pallets.