Orquestra Maringaense de Viola Caipira se prepara para comemorar dez anos

O Maringá

Apresentação na ExpoCAC, na noite desta segunda-feira, 16 (Crédito: Cristiano Martinez)

No próximo ano, a Orquestra Maringaense de Viola Caipira (OMVC) vai completar uma década de existência e vem surpresas em seu horizonte.

“Vai ser um ano especial para a nossa Orquestra e a comunidade de Maringá vai ganhar também. Vai ter muita coisa boa”, resume professor, violeiro e maestro Jean Michel. Ele fundou o projeto em 2015.

Ao longo desse tempo, a Orquestra formou e recebeu violeiros, apresentando-se com repertório majoritariamente caipira; mas apimentado também com outros ritmos. Seus membros tiveram o prazer de tocar com nomes importantes da música nacional, como Renato Teixeira e João Carlos Martins.

Tudo começou bem antes, quando Jean Michel entrou para uma orquestra em Paranavaí, na região onde residiu no passado. Inclusive, seu primeiro instrumento foi a viola.

Em 2007, ele montou seu primeiro projeto no segmento, o grupo Chora Viola na cidade de Ângulo. Em seguida, a iniciativa expandiu e mais prefeituras gostaram, passando por quatro, cinco municípios.

Envolvido no setor musical, esse violeiro sentiu necessidade de estudar e ingressou na Universidade Estadual de Maringá (UEM), para fazer Regência, formando-se maestro.

Com o diploma em mãos surgiu o convite para entrar no Centro de Ação Cultural (CAC), na Cidade Canção, para reger alguns corais. Como tinha a prática da viola, propôs criar um grupo em torno desse instrumento.

Assim, em maio de 2015 nascia a Orquestra Maringaense de Viola Caipira, com alguns alunos que já eram de aulas particulares de Jean Michel ou que participaram do Chora Viola; além de alguns profissionais e iniciantes que queriam entrar.

Em 2024, a Orquestra fez muitas apresentações em outras cidades. Mas a raiz é sempre a Cidade Canção, onde a OMVC levou sua moda de viola para o bairro planejado Eurogarden e o Centro de Ação Cultural Márcia Costa (CAC), como foi na noite desta segunda-feira, 16 de dezembro. Os violeiros e violeiras se reuniram para apresentação dentro da programação da ExpoCAC.

Inclusive, foi a última em Maringá na temporada de 2024. Para encerrar o ano, deve rolar mais uma apresentação da Orquestra em Jaboti, perto do Estado de São Paulo, em 28 de dezembro. Se confirmada, será a atividade derradeira do ano.

Maestro Jean Michel (Crédito: Cristiano Martinez)

Escola de viola
Ao longo de 2024, o maestro explica que funcionou bem a atividade de escola de viola dentro da OMVC, com formação de novos membros para entrar no projeto. “Como todo grupo, é contínuo: o pessoal vai saindo, entram novos integrantes”, explicando que os novos músicos têm oportunidade de fazer aula desde o nível iniciante, antes de entrar na Orquestra. Depois, passam para um degrau intermediário e, em seguida, teste para a Orquestra.

Hoje o projeto conta com 40 violeiros/violeiras. Porém, são quase 40 novos integrantes querendo entrar no projeto. Ou seja, para o ano de 2025 podem ocorrer mudanças na composição da Orquestra. Mas é de praxe no conjunto, pois sempre ocorreu rodízio, com músicos saindo e outros se integrando.

Repertório
Para a apresentação na ExpoCAC, o maestro Jean Michel trabalhou com um dos repertórios da Orquestra, que é do show “Memórias Sertanejas”.

“Passeamos por um repertório mais conhecido da música caipira e damos aquela pitadinha do que eu chamei de ‘MPB da viola’”, citando músicas como “Romaria” e “Tocando em frente” (que acabou não entrando por conta do tempo de duração da apresentação).

O público pôde até mesmo dançar ao final do recital no CAC, utilizando o espaço da Sala 06, onde a OMVC costuma fazer seus ensaios nas noites de segunda-feira.

Crédito: Cristiano Martinez

Grupo de iniciantes
Nesta terça-feira, 17 de dezembro, os alunos iniciantes de viola caipira do CAC vão se apresentar neste espaço, sob comando de Jean Michel, por volta de 20h. Serão em torno de 25 a 30 violeiros/violeiras na Sala 06 do 2º andar.

É um grupo de alunos que, após dois anos de estudos, podem fazer um teste para entrar na Orquestra. “É como se fosse uma escola base da Orquestra”.

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