O Parque do Ingá, um dos principais pontos turísticos de Maringá completou 50 anos no dia 10 de outubro. Fundado no ano de 1971 na gestão do então prefeito Adriano José Valente (1969-1972), a reserva ecológica possui uma área de 47,3 hectares para preservação da mata nativa e fauna, pavimentado com paralelepípedos que foi extraído da Avenida Brasil.
As atrações disponibilizadas na época eram o lago artificial formado pela nascente do córrego Moscados; o Jardim Japonês, que foi inaugurado em 1978 em homenagem ao então príncipe do Japão Akihiro e a esposa Michiko que visitavam a cidade naquele ano; e também píer para pedalinhos; zoológico com mais de 200 animais, entre aves, mamíferos e répteis; Museu Biológico; a gruta de Nossa Senhora Aparecida (a santa foi trazida de Aparecida do Norte, no interior de São Paulo) e a primeira Maria Fumaça de Maringá que até hoje está abrigada no local.
O parque anteriormente chegou a ser chamado de Bosque I e ficou conhecido popularmente como “Clube do Povo”, pois era uma importante área de lazer com trilhas ecológicas, restaurante, churrasqueira e até mesmo campo de bocha, e tanto os maringaenses quanto os visitantes de outras cidades vinham aos domingos passar o dia no parque à beira do lago em casais, com amigos ou familiares ou então faziam piqueniques, tudo para apreciar a natureza e os animais.
Melhorias na infraestrutura
Durante cinco anos, no período de 2001 a 2006, o Parque do Ingá ficou fechado para revitalização, segundo o Plano de Manejo do local, que fazia 12 anos que não era revisado, com diagnóstico e elaboração de projetos de recuperação de erosões por meio da captação de águas pluviais do entorno; controle dos cipós; instalação de placas informativas em vários pontos com nome científico e popular, local de origem, alimentação e comportamento dos animais. Assim como a reforma do Jardim Japonês que foi limpo e voltou a ter peixes; entre outras ações da Prefeitura de Maringá.
No dia 16 de abril de 2009 o parque foi fechado novamente devido às suspeitas de que macacos estariam contaminados com febre amarela, e após três meses foi comprovado que a morte dos primatas não trazia risco para a saúde humana. No entanto obras de infraestrutura interna começaram a ser realizadas no mesmo ano no parque, como reformas de banheiros; construção da lanchonete; circuito para arvorismo com tirolesas que atravessavam o lago; novo portal de entrada; demolição e readequação das jaulas do zoológico, que foi desativado em 2007; construção de um auditório para realizar palestras sobre o Meio Ambiente e outros eventos do município, com capacidade para 80 pessoas; revitalização do Jardim Japonês, entre outras. O parque foi reaberto no dia 8 de junho de 2011.
Em 2014 foi inaugurado novos pedalinhos com imitações de caravelas e cisnes, um parque infantil e lanchonete. No entorno do parque há uma pista de aproximadamente 3,2 quilômetros em que os moradores fazem caminhadas em torno da reserva. Em 2014 a pista ganhou um piso emborrachado azul para diminuir os impactos das atividades físicas nas caminhadas e corridas e foi aberta também a nova Academia da Terceira Idade (ATI) para a população.
Denúncia
Além da principal atração da reserva ambiental, o lago do Parque do Ingá que está sofrendo com a crise hídrica, chegando a alcançar quase três metros abaixo do nível normal com a escassez de chuvas, outras situações foram identificadas pelos nossos leitores no Parque do Ingá, que descreveram uma sensação de “abandono” ao visitarem o local nas últimas semanas.
O auditório do Centro de Apoio ao Turista que foi inaugurado em novembro de 2016 está abandonado e com vidros quebrados.
Já a aventura de arvorismo que seria feita por meio de um circuito com travessia entre plataformas instaladas no alto das copas das árvores, com pontes, obstáculos e tirolesa, o mato tomou conta de toda a área.
Os visitantes que quiserem utilizar o banheiro no interior da reserva vão encontrar uma placa de orientação para se deslocarem para em outros locais.
Há também uma “casa” no interior do parque com estrutura de caixa d’água, que está sendo usado como depósito de equipamentos inservíveis.
Os nossos leitores falaram também sobre o pequeno mirante e sobre a lagoa da antiga gruta do lago que estava com água parada e mau cheiro, que pode vir a ser criadouro do mosquito da dengue.
Sem contar que os paralelepípedos estão se soltando e alguns estão tortos e quebrados, apresentando riscos aos visitantes. Nosso leitor chegou a comentar que um cadeirante teria bastante dificuldades em se locomover dentro do parque.
Entramos em contato com a Secretaria de Inovação, Aceleração Econômica, Turismo e Comunicação (Siacom) que informou que a Prefeitura está realizando a revitalização do parque em todos os pontos e o local já recebeu novo paisagismo, limpeza, pintura e novas placas orientativas. “Hoje, o turista ou o maringaense que visitar o Parque do Ingá, perceberá diversas mudanças por conta desse trabalho que a Prefeitura vem realizando nos últimos meses, no intuito de revitalizar diversos atrativos do ponto turístico, incluindo um plano de remanejamento do lago. Atualmente, por conta das chuvas, o lago está “renascendo” no local, mas estudos e algumas medidas já planejadas são realizadas pela Secretaria do Meio Ambiente para solucionar o problema da seca no lago”, explicou. No último dia 6 de outubro o Instituto Água e Terra (IAT) autorizou a perfuração de um poço artesiano de 200 metros de profundidade dentro do Parque do Ingá como recurso hídrico para os lagos.
O Parque do Ingá está aberto a visitação de terça a domingo no horário das 08h às 17h. Para conhecer o Plano de Manejo do Parque do Ingá acesse o link :