UEM e UEL desenvolvem pesquisa para integrar e melhorar serviços de saúde

Universidades de Maringá e Londrina realizam pesquisa para integrar e melhorar os serviços de saúde

Foi durante a pandemia do novo coronavírus que ficou clara a necessidade de integração dos serviços dos Hospitais Universitários de Maringá e Londrina Foto: Codem

As universidades estaduais de Maringá e de Londrina, que têm hospitais universitários e outros organismos que prestam serviços de saúde à população de praticamente metade do Estado do Paraná, se unem no desenvolvimento de pesquisa para encontrar soluções e melhorias para os serviços de saúde por meio da integração. A pesquisa contará com apoio financeiro da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná (FA)

O lançamento da pesquisa aconteceu na última sexta-feira, 18, na Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), com a presença de professores, pesquisadores das duas universidades, seus reitores, o secretário estadual de Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani; o prefeito de Maringá, Silvio Barros (PP), juntamente com a equipe técnica do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem) e representantes da Fundação Araucária.

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Pandemia evidenciou necessidades

O evento representou uma grande conquista para todo o grupo que há mais de quatro anos se reúne em busca de soluções para um problema que se tornou evidente durante a pandemia. “Os serviços de saúde estão sempre em busca de soluções e melhorias, mas foi durante a pandemia que percebemos, inicialmente no Hospital Universitário de Maringá, a necessidade de termos um sistema integrado que reunisse informações e nos permitisse utilizar os recursos de forma mais eficiente oferecendo um melhor atendimento ao cidadão”.

A explicação que resultou num grande movimento regional é da doutora Elisabete Kobayashi, que foi diretora do Hospital Universitário de Maringá e é vice-presidente a Câmara Técnica da Saúde do Codem. Ela é a atual diretora da 15ª. Regional de Saúde, em Maringá e destacou que durante a pandemia eram muitas as adversidades.

“Ficou muito claro o quanto um sistema que integrasse  informações poderia contribuir, principalmente com a possibilidade de prevermos demandas e anteciparmos estratégias para otimizar recursos e serviços”, disse.

A discussão ganhou maiores proporções quando foi apresentada à Câmara Técnica do Codem, que reúne um grande número de profissionais e instituições ligadas à saúde pública e privada, e logo depois aos professores e pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina que também se integraram ao debate. “São projetos que se iniciam nestas regiões, mas que podem ser ampliados para todo o Estado. É uma demanda que veio da governança local para o desenvolvimento de soluções nessa área”, disse Luiz Márcio Spinosa, diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária. Spinosa  destacou ainda a importância e a força do Codem, uma instituição que representa a sociedade civil organizada e que contribui para o desenvolvimento de todos os setores da sociedade.

 

NAPI Interoperabilidade

O NAPI (Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação) Interoperabilidade a serviço da saúde tem como objetivo desenvolver meios para que os diferentes sistemas de informação possam conversar entre eles permitindo a integração das informações, resultando numa melhor a oferta dos serviços de saúde. Para a professora da UEM e uma das articuladoras do NAPI, Marcia Sammed, a rede colaborativa multi-institucional pretende alcançar um modelo de saúde 5.0, que utiliza a tecnologia para ampliar e humanizar os cuidados.

Representantes da UEM e UEM, fundação Araucária e Codem participaram do encontro na Associação Comercial Foto: Codem

 

“As ações devem resultar na melhoria na qualidade do atendimento, uma vez que com sistemas interoperáveis os profissionais de saúde terão acesso a informações mais completas e mais atualizadas sobre os pacientes, o que vai resultar em diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes, considerando ainda a redução de custos, pois a integração dos sistemas pode reduzir a duplicidade de exames e procedimentos, otimizando os recursos disponíveis”, afirmou a pesquisadora.

 

Parceria do Codem

O presidente do Codem, Mohamad Ali Awada, fez questão de destacar que ações como essa, que envolvem diversos setores e instituições em busca de uma conquista coletiva, fazem parte dos objetivos do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá.

“O Codem reúne lideranças, especialistas, representantes de todos os setores da sociedade que voluntariamente trabalham pelo desenvolvimento que garanta mais qualidade de vida, sustentabilidade e desenvolvimento para todos os setores da economia. Estamos sempre de braços abertos para debater e ajudar a encontrar caminhos para novas ideias que tragam soluções, avanço e a construção de novas perspectivas, sempre voltadas ao desenvolvimento”, ressaltou.

O secretário estadual de Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani, que também participou da cerimônia de lançamento do Edital de pesquisa, destacou que “o projeto é inovador no Brasil e as pesquisas trarão uma grande contribuição para que a integração tecnológica aconteça. A integração das informações trará uma grande contribuição para que possamos ter uma visão mais ampla sobre a nossa saúde, inicialmente nas regiões Norte e Noroeste do Paraná, mas esse modelo pode ser replicado para todo o estado e para o país, permitindo que tenhamos dados muito mais precisos sobre a saúde da nossa população”.

Também estiveram presentes a professora da UEL e articuladora do NAPI Interoperabilidade a Serviço da Saúde, Daniela Frizon Alfieri, o presidente da Câmara Técnica da Saúde do Codem, Erico Diniz, a ex-presidente do Codem, Jeane Nogaroli, que foi uma das incentivadoras do NAPI e representantes da Sociedade Médica de Maringá, da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acom), do Hub Connect Healthtech Sebrae Maringá e da Unimed Maringá.

 

 

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