Portal da Inclusão: 15 anos resgatando vidas

população em situação de rua

Pesquisa do Observatório das Metrópoles deixou de ser realizada quatro anos devido a pandemia da covid-19 Foto:0 Aldemir de Moraes

O Portal da Inclusão de Maringá há 15 anos foi inspirado e criado devido a reflexão e ruptura a respeito da população em situação de rua, com base no trabalho cumprido originalmente no nomeado Centro Pop. Nessa época, Adauto da Silveira, diretor da unidade atualmente, além de outros servidores que atuavam diretamente com essa população, perceberam que a sequência de abordagem, albergamento, cuidados e tratamentos não se uniam, fazendo esses indivíduos serem expostos de novo a circunstância inicial de rua e sem a superação eficaz deste ciclo.

Segundo Silveira, como unidade pública, a ação da assistência social da cidade opera na proteção social especial, desenvolvendo o Serviço de Acolhimento para Pessoas Adultas em Processo de Saída das Ruas, pretendendo as garantias necessárias para autonomia e emancipação por meio do restabelecimento de projetos de vidas de cidadãos de direitos, diante de quatro fundamentos básicos: A convivência coletiva, inclusão protetiva, inteligência financeira e a reinserção social.

Dessa maneira, a unidade atende como residentes o público masculino dos 18 aos 59 anos, como José Aparecido Pereira, que veio de Nova Londrina há seis. Ele morava nas ruas e tinha o álcool como saída para os problemas. Então, foi acolhido pelo Marev, onde permaneceu por nove meses. Após isso, residiu na Unidade de Acolhimento do Portal da Inclusão. Enquanto esteve lá, teve apoio, fez curso de pedreiro e conseguiu um emprego. Pereira se casou e tem uma vida normal, continua no mesmo trabalho há quatro anos.

Em todos esses anos de funcionamento, o Portal da Inclusão (PPI) promoveu a reinserção social de aproximadamente 300 indivíduos, desde imigrantes e itinerantes. Após passarem uma época na Unidade de Acolhimento Municipal, a maioria consegue retornar à sociedade, com emprego, e até mesmo, formar uma família.

Os residentes contam com o auxílio de educadores e técnicos. A unidade tem a concepção de inclusão produtiva e desperta o senso de empregabilidade e empreendedorismo para que os moradores possam reorganizar as vidas.

Para o diretor do Portal da Inclusão, Adauto Silveira, a sensação de poder ajudar é gratificante. “Ficamos felizes de podermos participar da reconstrução de projetos de vida e inspirarmos pessoas a retomarem suas vidas, além de superarem as condições de risco e violência em que se encontravam, e em muitos casos, vê-las gratas por nossa colaboração.”

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