Enquanto o Kung fu, que atende cerca de 200 crianças, teve uma ajuda de R$ 20 mil no ano, o vôlei de praia, modalidade do secretário de Esportes, recebeu R$ 400 mil
Luiz de Carvalho
Após a Câmara de Maringá prestar uma homenagem ao Aikido, arte marcial japonesa praticada em todo o mundo, o vereador Paulo Biazon (União Brasil) ocupou a tribuna para elogiar as pessoas que mentêm vivo o Aikido e critiou a prefeitura de Maringá por abandonar todas as modalidades de luta.
Ele próprio praticante e mestre de Karatê que já participou de campeonatos mundiais, responsável por muitas conquistas para Maringá e pela preparação de atletas que representam a cidade em eventos por todo o Brasil e até na seleção brasileira, Biazon destacou que a Secretaria de Esportes e Lazer promoveu recentemente Jogos Estudantis, Jogos Abertos, Jogos da Mulher, Estação Verão e outros eventos, porém em nenhum deles entrou qualquer modalidade de artes marciais.
“Recentemente, o Kendo trouxe do Japão três mestres para ministrar um treinamento especial para os praticantes de Maringá e região, não entanto não foi possível usar o ginásio do Parque do Japão, que foi construído com dinheiro vindo do Japão e para a realização de esportes de luta”, disse o vereador. “No dia seguinte o ginásio foi usado para carnaval”.
Segundo Paulo Biazon, enquanto as artes marciais são esquecidas pela Secretaria de Esportes, o vôlei de praia, modalidade em que atua o secretário Robson Xavier, está presente em qualquer evento da secretaria.
Ele citou que na semana passada o prefeito Ulisses Maia (PSD) postou uma foto ao lado do atleta Kayck Sena, selecionado pela Confederação Brasileira de Kungfu Wushu (CBKW) para representar o Brasil nos Estados Unidos na categoria juvenil. “O Kung fu, que está fazendo campeões e atende mais de 200 crianças, recebeu da prefeitura no ano passado uma ajuda de R$ 20 mil. O vôlei de praia do secretário recebeu R$ 400 mil”.
O vereador, que destacou que quase metade dos atuais vereadores em algum momento praticou algum tipo de artes marciais, disse que “o que pedimos é que haja respeito aos esportes de luta, que representam a cidade e mudam a vida das pessoas”.
O O Maringá não conseguiu resposta da Secretaria de Esportes e Lazer até o momento do fechamento desta edição.
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