Conselho atende estudantes e marca o retorno das aulas presenciais para o dia 31

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Finalmente acabou a polêmica entre a Universidade Estadual de Maringá e os estudantes sobre uma data para o retorno das aulas presenciais nos campus da instituição. Aliás, as aulas com a presença dos alunos e professores tiveram início na semana passada, mas acabaram suspensas diante do avanço das contaminações pela covid-19, especialmente a variante Ômicron, a mais transmissível de todas as variantes do coronavírus conhecidas até o momento. Reunido na tarde desta segunda-feira (24), o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi de parecer favorável à retomada das atividades letivas presenciais para todos os cursos de graduação da instituição a partir da segunda-feira que vem (31).

As normas estabelecidas estarão em resolução do CEP, a ser publicada pela Secretaria dos Colegiados Superiores (SCS). Portanto, durante esta semana (24 a 29 de janeiro) continua o ensino remoto emergencial (práticas profissionalizantes são presenciais), com volta de 100% das aulas presenciais na semana que vem.

Foram 112 votos favoráveis, 22 contrários e 1 abstenção por parte dos conselheiros do CEP, com votação finalizada às 18h08. A apuração dos votos foi confirmada pelo reitor e presidente do CEP, professor Julio César Damasceno, às 18h15. Ele estava no Restaurante Universitário do câmpus de Maringá, assim como estudantes e alguns conselheiros (outros estavam presentes na reunião pela Internet). Nesta segunda-feira (24), durante a manhã, ocorreu uma reunião extraordinária da Câmara de Graduação, Extensão e Educação Básica e Profissional (CGE) para tratar do assunto; e, na tarde do mesmo dia, com início às 14h30, a plenária do CEP, que trouxe o resultado final sobre a pauta.

O) CEP analisou a questão e a maioria voltou pelo retorno das aulas presenciais Foto: UEM

“O que aconteceu hoje, aqui [dia 24, na reunião do CEP] é algo de extrema relevância e importância! Vocês puderam observar como é a dinâmica de um conselho superior na UEM e quão sério é o trabalho que aqui se desenvolve. As pessoas discutem a fundo e, se preciso for, refazem, corrigem e melhoram tudo aquilo que é o princípio da dinâmica do mundo real, e que é nossa rotina nessa universidade. É um compromisso de todos nós, e um dever, a proteção à segurança, à vida e à saude de todos”, discursa o reitor ao término da plenária.

Estudantes acham que há segurança para aulas presenciais

No dia 20 de janeiro, a Administração Central da universidade ouviu as demandas dos acadêmicos, organizados no Movimento Não ao ERE! (sigla para Ensino Remoto Emergencial). Posteriormente, os estudante elaboraram um ofício com proposta de retorno às aulas 100% presenciais, documento que foi encaminhado ao Gabinete da Reitoria (GRE) por volta das 14h20 do dia seguinte. O GRE, por sua vez, remeteu o ofício ao presidente do CEP, que, em regime de urgência, encaminhou-o ao relator da matéria, Ednei Aparecido Santulo Junior.

O Grupo de Trabalho Técnico para Gerenciamento de Questões Relativas à Covid-19 da UEM havia analisado os dados epidemiológicos publicados no Decreto 86/22 da Prefeitura de Maringá no dia 19 e alertou a Reitoria sobre o alto risco de contágio pela doença. Em reunião convocada pela Reitoria, decidiu-se que as aulas presenciais das graduações fossem alteradas para a modalidade ERE, sem previsão para retorno ao presencial. Então, a Reitoria publicou a Portaria 29/22, na qual suspendeu as aulas presenciais a partir de 20 de janeiro. Na ocasião, as aulas presenciais foram mantidas apenas para as disciplinas de práticas profissionalizantes.

O Decreto 86/22 da Prefeitura de Maringá comunicou uma taxa de positividade de 70% e de ocupação geral de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para adultos de 78,33%. Estes dados indicaram um alto risco de contaminação por Covid-19 e decisões anteriores do CEP (Resoluções 28 e 32/21) já previam imposição de restrições às atividades letivas presenciais e determinavam retorno ao ERE. Alunos de graduações da UEM protestaram no bloco da Reitoria na manhã de 20 de janeiro.

O Grupo de Trabalho Técnico para Gerenciamento de Questões Relativas à Covid-19, formado por especialistas na área da saúde, continua fazendo o monitoramento da situação da pandemia para orientar a Administração da UEM nas decisões pertinentes.

 

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