A primavera é a estação mais aguardada pelos produtores rurais brasileiros, mas não exatamente pela beleza da estação mais florida do ano, mas porque sua chegada indica o início das chuvas que vão dar ao solo a umidade necessária para o plantio das principais culturas da safra de verão, a principal e mais rentável do ano. Na região de Maringá, em todo o Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e parte de São Paulo safra de verão significa soja, principal produto agrícola de exportação.
Alguns produtores plantaram por volta do dia 10 de setembro, quando aconteceram as primeiras pancadas de chuvas esparsas ainda no inverno, período mais seco do ano, mas a maioria vai plantar a partir da primeira semana de outubro.
Oficialmente, começa às 22h04 desta quinta-feira, 22, a primavera no Hemisfério Sul, estação que vai até o início da noite de 21 de dezembro. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o período reflete uma transição entre as estações seca e chuvosa na área central do Brasil, assim como o início do transporte de umidade vinda da Amazônia.
A umidade amazônica costuma ter efeito em outras importantes áreas do país, de forma a definir como serão as chuvas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e no centro-sul da Região Norte.
De acordo com o Inmet, a primavera costuma provocar acumulados de chuva inferiores a 100 milímetros no norte da Região Nordeste, principalmente no norte do Piauí e no noroeste do Ceará.
As temperaturas tendem a ficar mais elevadas em “grande parte” do Norte, interior do Nordeste e em alguns pontos da parte central do Brasil.
“Os primeiros episódios da Zona de Convergência do Atlântico Sul podem ocorrer durante a primavera, com chuvas no Sudeste e Centro-Oeste e nos Estados do Acre e Rondônia”, detalha o instituto.
Segundo o Inmetro, na Região Sul, são esperados episódios de complexos convectivos de mesoescala, o que pode resultar em chuvas fortes, rajadas de vento, descargas atmosféricas e eventual granizo.